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terça-feira, 25 de outubro de 2016

MOVIMENTOS: UNALGBT: um ano de luta contra os machismos, racismos e lgbtfobias

 Foto: Acervo UJS
 A União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – UNALGBT – acabou de completar um ano de lutas na defesa dos direitos da população LGBT e de contribuição para uma sociedade mais humana, equânime e livre de todos os preconceitos.
Foi em 16 de outubro do ano passado, uma sexta-feira, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que cerca de 400 mulheres e homens de diferentes partidos políticos ou apartidários, de sindicatos, entidades de movimentos estudantis e também organizações da sociedade civil, de diferentes cores, identidades de gênero e orientações sexuais, firmaram o compromisso com o sonho de construir uma entidade de luta e lançaram a União Nacional LGBT, já apelidada na mesma hora da fundação de “UNA”. Sua primeira palavra de ordem foi “A UNA! A UNA! A UNA é pra lutar! Lutar por mais direitos e liberdade de amar!”.

O ato de lançamento da UNALGBT contou com a participação de grandes personalidades e lideranças políticas como as deputadas federais Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB; Jô Moraes e Angela Albino; o deputado federal e presidente do PCdoB-SP, Orlando Silva e a sambista e deputada estadual (PCdoB-SP), Leci Brandão. A fundação da entidade foi bem recebida por setoriais LGBT de várias forças políticas e redes nacionais que já atuavam na luta por direitos humanos das pessoas LGBT também se congratularam com a iniciativa.

Desde a sua fundação, a entidade tomou uma decisão em relação à sua maneira de estruturação: ser uma entidade de bases, organizada em núcleos, direções municipais, estaduais e nacional. Em apenas um ano de fundação, já existem direções estaduais no Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Amapá e núcleos municipais no Ceará, Acre, Goiás, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

A direção nacional da UNA é composta por representantes das cinco regiões do país e isso tem ajudado a consolidar a entidade em todo o território nacional com núcleos municipais e direções estaduais. A diretoria executiva tem a seguinte composição: Andrey Lemos, presidente nacional; Fernanda Lima e Sílvia Cavalleire, vice-presidentas; Leonardo Lima, Secretaria Geral e Jhow Silva, tesoureiro, além de Fabíola Loguércio e Juremar de Oliveira.

No movimento social a UNALGBT vem mostrando que a importância do respeito à diversidade, visibilizando todas as identidades, se faz urgente para alcançarmos uma sociedade que valorize as diferentes expressões humanas. A entidade é composta por todos os segmentos de LGBT como lésbicas, gays, mulheres e homens bissexuais, mulheres travestis e mulheres e homens trans. Há também representação de gênero fluido, que se trata de alguém que se identifica com ambos os gêneros.

A União Nacional LGBT surgiu no momento certo, quando o Brasil atravessa um momento de golpe na democracia e nos direitos humanos, avanço do conservadorismo e ameaça de retrocessos e desde o início de suas atividades a UNALGBT fez diversas campanhas, colocando seu forte posicionamento político, que vai além das questões ligadas diretamente à LGBT. A primeira campanha foi em apoio ao PL 3369/2015, o Estatuto das Famílias do Século XXI, de autoria do deputado federal Orlando Silva (PCdoB – SP).

Quando o Comitê de Cultura LGBT do Ministério da Cultura correu o risco de ser extinto, a UNA logo expressou seu apoio na defesa e na valorização daquele colegiado.

Na 20ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a UNA foi uma das entidades que mais se destacou na grandiosa manifestação com seus e suas ativistas e militantes vestindo a blusa da entidade, com palavras de ordem, cartazes, alegria e luta defendendo o “Fora Temer”. Em meio à multidão, foram distribuídos adesivos e abanadores com os dizeres: “LGBT na Luta, Temer jamais !”, uma forma de demarcar a desaprovação ao golpista Michel Temer.

A UNA também se posicionou contra o Escola Sem Partido. Convocou as pessoas LGBT para irem às ruas por uma escola sem mordaça. Afinal, proibir o pensamento crítico envolve também silenciar o debate sobre identidade de gênero e orientação sexual nas escolas – luta histórica do nosso movimento.

Mesmo sendo uma entidade com apenas um ano de atuação, a UNA ocupou importantes espaços de discussão nas conferências de políticas públicas para LGBT, nas etapas municipais, estaduais e nacional. A organização contribuiu com propostas relevantes e que ganham ainda mais destaque nesses tempos de golpe.

A UNA está atingindo um de seus principais objetivos que é ser uma atuante entidade de massas do movimento LGBT. A entidade almeja contribuir com a conquista e a garantia de direitos para a população LGBT nos quatro cantos do Brasil e poder influenciar direta ou indiretamente as mesmas conquistas para a América Latina e até o mundo. Um sonho desafiador que, segundo sua militância, não medirá esforços para alcançá-lo.

Essa entidade que em nenhum momento tergiversou em colocar seu exército na rua para enfrentar o golpe, lutou bravamente contra o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e hoje segue na luta contra a PEC 241. Enfrentar todo tipo de retrocesso e pela organização de mulheres e homens LGBT para lutar por uma sociedade emancipada onde as pessoas possam amar livremente, terem suas identidades respeitadas e assegurados os direitos individuais e coletivos com justiça social e igualdade de oportunidades.

A UNALGBT seguirá convocando a sociedade brasileira para enfrentar os machismos, racismos e lgbtfobias em defesa da laicidade e do estado democrático de direito. Por isso venha você também integrar nossas fileiras e sonharmos juntos porque acreditamos que toda forma de amor vale a pena!

 *Andrey Lemos é Presidente nacional e Silvia Cavalleire é 2ª vice-presidenta da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

Fonte: Portal Vermelho

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