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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Obrigada por nos ensinar o caminho, agora é com a gente, comandante! – Por Mariana Serafini

São incontáveis os ensinamentos que o gigante barbudo nos deixou, mas dois deles são fundamentais: não se faz uma revolução sozinho, a revolução não termina quando derrubamos o ditador. Fidel nos ensinou o valor da unidade de ação e da persistência em acordar todos os dias disposto a lutar por um mundo mais justo.
Ser militante da UJS é acreditar que cabe a nós também escrever as páginas vermelhas da história. Acredito que muitos dos jovens brasileiros chegaram a esta entidade de formas bem parecidas: pode ter sido aquele dia, no meio de uma aula talvez não muito empolgante, que apareceu um dirigente estudantil para apresentar um universo vasto de luta pela educação e por direitos sociais; ou talvez um amigo que é amigo do primo de alguém que “vai numas reuniões de política”.
Chegamos na tal reunião, sem entender muito bem o que estamos fazendo ali, e de repente dos deparamos com um monte de gente da nossa idade, ou um pouco mais velhos que parecem muito decididos a fazer as coisas darem certo. Este sentimento de identificação e vontade de mudar que invade nosso coração é o que nos move a um caminho incerto, mas cheio de certezas.
Temos certeza de que não é justo ver pessoas com fome, desabrigadas, com frio. Temos certeza de que há quem trabalhe muito e jamais será rico e que há quem não trabalhe e mesmo assim tem uma conta bancária digna de garantir as farras das próximas 8 gerações. Temos certeza de que é possível viver melhor nas grandes cidades, com mais acesso à cultura, educação, saúde, mobilidade urbana. E também temos certeza de é que possível ter uma vida digna no campo, sem sentir medo de ser mais uma vítima do latifúndio. Temos certeza ainda de que educação pública e de qualidade pode existir para todos. E temos certeza de que o mundo pode ser mais justo e menos desigual.
Todas essas certezas nos fazem tremer de indignação quando vemos uma injustiça, e por isso, somos companheiros. Não foi isso que nos ensinou o Che? Se somos companheiros nossa luta é irmã da luta do povo cubano. Cabe a todos nós dar continuidade à revolução que aqueles jovens dos anos 60 começaram com coragem e bravura, sem saber que fariam escola, mas com a certeza de que seriam absolvidos pela história.
Ao longo dos anos de militância é normal que percamos o impulso do primeiro contato com a luta revolucionária, e que apareçam dúvidas de para onde vamos, de que forma podemos ser maiores… Nestes momentos recorremos aos grandes, aos que não desistiram e não fraquejaram um segundo sequer. Um destes é Fidel que chegou aos 90 anos com o mesmo olhar cheio de esperança e certezas de quando aos 33 tomou o quartel de Moncada e derrubou a ditadura de Fulgêncio Batista.
E como ficamos nós agora, órfãos de Fidel? Para seguir seus passos devemos lembrar sempre que a partir de uma pequena ilha no Caribe, quase sem recursos naturais e estrangulada pela maior potência imperialista do mundo, Fidel mostrou ser possível garantir que todas, absolutamente todas, as crianças tenham uma caminha confortável para passar a noite, uma alimentação saudável para se desenvolver com saúde e professores dedicados e cheios de carinho para torná-las pequenos heróis e heroínas que darão continuidade à luta por justiça social.
Desta ilha sem recursos, Fidel provou ser possível manter hospitais prontos para atender dos mais simples procedimentos até cirurgias de alta complexidade com profissionais da saúde capazes de ver em cada paciente um ser humano que precisa mais do que atendimento médico, respeito e dedicação.
Nós, que crescemos escutando as façanhas deste comandante e seu povo, acordamos meio atordoados ao saber que ele se foi. E sequer tivemos tempo de digerir esta dor, fomos novamente golpeados por todos os lados ao ver nossos direitos sociais sendo transformados em migalhas pelo governo golpista do Brasil. Esta PEC 55 que vai congelar os investimentos sociais significa que muitos de nós passaremos toda a vida adulta sem presenciar nenhum avanço.
A violência policial desta terça-feira (29) sangrenta em Brasília nos mostra que eles estão dispostos a qualquer coisa para passar por cima de todas as nossas conquistas. E nós, apesar dos golpes, temos que lembrar das lições do comandante e seguir em frente. Ele nos mostrou que é possível, e agora é nossa vez.
Somos jovens, socialistas, capazes de tremer de indignação diante de uma injustiça, temos uma lição e um caminho a percorrer. Agora é com a gente. Ao comandante: obrigada e até a vitória! Venceremos!
Fonte: UJS

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