Biografia
de Alvaro Neder
Tia Ciata era uma mulher da
Bahia que teve um papel fundamental no nascimento do samba urbano carioca como
gênero. Profissional ativo da cultura de sua pátria, desenvolveu um centro
cultural informal em sua casa, onde iniciaria os maiores compositores e músicos
do Rio de Janeiro de seu tempo nas sutilezas do samba da Bahia. Como
resultado, em 1917, o primeiro samba a ser gravado, "Pelo Telefone",
foi uma composição coletiva feita em sua casa, na qual ela mesma participou,
juntamente com outros frequentadores João da Mata, Mestre Germano, Hilário
Jovino Ferreira Sinhô, e Donga. As letras eram de Mauro de Almeida , o uso da música
popular "Rolinha" na primeira estrofe de Didi da Gracinda. Tia
Ciata, aka Tia Assiata, chegou ao
Rio, chegando da Bahia por volta de 1875.
Ela residiu em outros dois lugares
antes de se instalar, por volta de 1899, na casa histórica da 117 rua Visconde
de Itaúna, perto da Praça Onze. Durante o dia, ela vendia tidbits no
centro da cidade e, à noite, reinava em sua casa como organizadora de encontros
para gente negra. Na religião folk-magic conhecida como Candomblé, Tia
Ciata era uma espécie de cabeça, o babalaô-omin. Nessa capacidade, ela
realizaria rituais de adoração em sua residência dedicada aos orixás
africanos. É importante notar que, nesse período, não havia lugares
públicos para socializar os habitantes pobres ou negros. Assim, os lugares
de reunião desses segmentos da sociedade eram essencialmente casas
familiares. A casa de Tia Ciata tornou-se lendária porque não só ela
realizaria sessões regulares do Candomblé, mas também porque essas sessões
foram seguidas por um samba, uma espécie de festa onde as pessoas podem beber,
comer, brincar, dançar a música, conhecer um ao outro e formar casais
românticos. Na verdade, como os sambas foram perseguidos pela polícia,
eles eram freqüentemente disfarçados de atividades religiosas. Assim,
nestas reuniões festivas, a casa de Tia Ciata tornou-se amplamente conhecida no
Rio. Não só os negros, mas também os políticos, os boêmios, os músicos e
os batuqueiros (percussionistas) se reuniam ali, atraídos por suas excelentes
habilidades culinárias e a música. As festas podiam durar vários dias
seguidas, e as pessoas passavam o tempo todo sem retornar às casas até que a
festa terminasse. A casa de Tia Ciata tornou-se amplamente conhecida no
Rio. Não só os negros, mas também os políticos, os boêmios, os músicos e
os batuqueiros (percussionistas) se reuniam ali, atraídos por suas excelentes
habilidades culinárias e a música. As festas podiam durar vários dias
seguidas, e as pessoas passavam o tempo todo sem retornar às casas até que a
festa terminasse. A casa de Tia Ciata tornou-se amplamente conhecida no
Rio. Não só os negros, mas também os políticos, os boêmios, os músicos e
os batuqueiros (percussionistas) se reuniam ali, atraídos por suas excelentes
habilidades culinárias e a música. As festas podiam durar vários dias
seguidas, e as pessoas passavam o tempo todo sem retornar às casas até que a
festa terminasse.
O intercâmbio cultural foi o foco
central da casa de Tia Ciata. Sendo um precursor dos movimentos
migratórios de negros que chegam da Bahia ao Rio com o fim da escravidão (1888,
cinco anos depois de sua chegada) e a desmobilização maciça, em 1897, das
tropas de Baianos envolvidas na luta contra o líder religioso fanático Antônio
Conselheiro, Tia Ciata estava à beira de um movimento que influenciaria
profundamente a cultura nacional através de sua ascensão sobre a importante
capital do Rio de Janeiro. Ela própria era uma dançarina de grife na
melhor tradição do samba popular da Bahia, e ela faria questão de iniciar os
cariocas nesses mistérios. E, na verdade, conseguiu isso, como os mais
importantes compositores e músicos da época, como Caninha, Joao da Baiana,
Donga, Pixinguinha, Sinhô e Heitor dos Prazeres, juntamente com nomes
menos representativos como João da Mata, Mestre Germano, Minan, Didi da
Gracinda e João Câncio eram regulares em sua casa. Os discípulos que
continuaram seu trabalho foram seu filho Eduardo da Tia Ciata, suas netas Lili
da Tia Ciata (que se tornou o porta-estandarte do rancho Macaco é Outro) e Tia
Cincinha, seu neto Buci Moreira, Ministrinho da Cuíca, Dino e Santa , entre
outros. Tia Ciata também dirigiu o rancho Rosa Branca, que jogou durante o
Carnaval com suas Pastoras. Naquela rede estreita entrelaçando Baianos e
Cariocas, Tia Ciata suas netas Lili da Tia Ciata (que se tornou o
porta-estandarte do rancho Macaco é Outro) e Tia Cincinha, seu neto Buci
Moreira, Ministrinho da Cuíca, Dino e Santa, entre outros. Tia Ciata
também dirigiu o rancho Rosa Branca, que jogou durante o Carnaval com suas
Pastoras. Naquela rede estreita entrelaçando Baianos e Cariocas, Tia
Ciata suas netas Lili da Tia Ciata (que se tornou o porta-estandarte do
rancho Macaco é Outro) e Tia Cincinha, seu neto Buci Moreira, Ministrinho da
Cuíca, Dino e Santa, entre outros. Tia Ciata também dirigiu o rancho Rosa
Branca, que jogou durante o Carnaval com suas Pastoras. Naquela rede
estreita entrelaçando Baianos e Cariocas, Tia Ciata foi a mais importante
Tia (tia) da Bahia, compartilhando com as suas mulheres da cidade Tia Dadá
(moradora do bairro do Rio Saúde) e Tia Bebiana (que morava no Largo de São
Domingos) as honras de manter verdadeiros centros culturais que introduziram os
cariocas no cultura da Bahia.
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