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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Tia Ciata (Hilaria Batista de Almeida, 1854-1924)


Biografia de  Alvaro Neder

Tia Ciata era uma mulher da Bahia que teve um papel fundamental no nascimento do samba urbano carioca como gênero. Profissional ativo da cultura de sua pátria, desenvolveu um centro cultural informal em sua casa, onde iniciaria os maiores compositores e músicos do Rio de Janeiro de seu tempo nas sutilezas do samba da Bahia. Como resultado, em 1917, o primeiro samba a ser gravado, "Pelo Telefone", foi uma composição coletiva feita em sua casa, na qual ela mesma participou, juntamente com outros frequentadores João da Mata, Mestre Germano, Hilário Jovino Ferreira Sinhô, e Donga. As letras eram de  Mauro de Almeida , o uso da música popular "Rolinha" na primeira estrofe de Didi da Gracinda. Tia Ciata,  aka Tia Assiata, chegou ao Rio, chegando da Bahia por volta de 1875. 

Ela residiu em outros dois lugares antes de se instalar, por volta de 1899, na casa histórica da 117 rua Visconde de Itaúna, perto da Praça Onze. Durante o dia, ela vendia tidbits no centro da cidade e, à noite, reinava em sua casa como organizadora de encontros para gente negra. Na religião folk-magic conhecida como Candomblé, Tia Ciata era uma espécie de cabeça, o babalaô-omin. Nessa capacidade, ela realizaria rituais de adoração em sua residência dedicada aos orixás africanos. É importante notar que, nesse período, não havia lugares públicos para socializar os habitantes pobres ou negros. Assim, os lugares de reunião desses segmentos da sociedade eram essencialmente casas familiares. A casa de Tia Ciata tornou-se lendária porque não só ela realizaria sessões regulares do Candomblé, mas também porque essas sessões foram seguidas por um samba, uma espécie de festa onde as pessoas podem beber, comer, brincar, dançar a música, conhecer um ao outro e formar casais românticos. Na verdade, como os sambas foram perseguidos pela polícia, eles eram freqüentemente disfarçados de atividades religiosas. Assim, nestas reuniões festivas, a casa de Tia Ciata tornou-se amplamente conhecida no Rio. Não só os negros, mas também os políticos, os boêmios, os músicos e os batuqueiros (percussionistas) se reuniam ali, atraídos por suas excelentes habilidades culinárias e a música. As festas podiam durar vários dias seguidas, e as pessoas passavam o tempo todo sem retornar às casas até que a festa terminasse. A casa de Tia Ciata tornou-se amplamente conhecida no Rio. Não só os negros, mas também os políticos, os boêmios, os músicos e os batuqueiros (percussionistas) se reuniam ali, atraídos por suas excelentes habilidades culinárias e a música. As festas podiam durar vários dias seguidas, e as pessoas passavam o tempo todo sem retornar às casas até que a festa terminasse. A casa de Tia Ciata tornou-se amplamente conhecida no Rio. Não só os negros, mas também os políticos, os boêmios, os músicos e os batuqueiros (percussionistas) se reuniam ali, atraídos por suas excelentes habilidades culinárias e a música. As festas podiam durar vários dias seguidas, e as pessoas passavam o tempo todo sem retornar às casas até que a festa terminasse. 

O intercâmbio cultural foi o foco central da casa de Tia Ciata. Sendo um precursor dos movimentos migratórios de negros que chegam da Bahia ao Rio com o fim da escravidão (1888, cinco anos depois de sua chegada) e a desmobilização maciça, em 1897, das tropas de Baianos envolvidas na luta contra o líder religioso fanático Antônio Conselheiro, Tia Ciata estava à beira de um movimento que influenciaria profundamente a cultura nacional através de sua ascensão sobre a importante capital do Rio de Janeiro. Ela própria era uma dançarina de grife na melhor tradição do samba popular da Bahia, e ela faria questão de iniciar os cariocas nesses mistérios. E, na verdade, conseguiu isso, como os mais importantes compositores e músicos da época, como Caninha, Joao da Baiana, Donga, Pixinguinha, Sinhô e Heitor dos Prazeres, juntamente com nomes menos representativos como João da Mata, Mestre Germano, Minan, Didi da Gracinda e João Câncio eram regulares em sua casa. Os discípulos que continuaram seu trabalho foram seu filho Eduardo da Tia Ciata, suas netas Lili da Tia Ciata (que se tornou o porta-estandarte do rancho Macaco é Outro) e Tia Cincinha, seu neto Buci Moreira, Ministrinho da Cuíca, Dino e Santa , entre outros. Tia Ciata também dirigiu o rancho Rosa Branca, que jogou durante o Carnaval com suas Pastoras. Naquela rede estreita entrelaçando Baianos e Cariocas, Tia Ciata suas netas Lili da Tia Ciata (que se tornou o porta-estandarte do rancho Macaco é Outro) e Tia Cincinha, seu neto Buci Moreira, Ministrinho da Cuíca, Dino e Santa, entre outros. Tia Ciata também dirigiu o rancho Rosa Branca, que jogou durante o Carnaval com suas Pastoras. Naquela rede estreita entrelaçando Baianos e Cariocas, Tia Ciata suas netas Lili da Tia Ciata (que se tornou o porta-estandarte do rancho Macaco é Outro) e Tia Cincinha, seu neto Buci Moreira, Ministrinho da Cuíca, Dino e Santa, entre outros. Tia Ciata também dirigiu o rancho Rosa Branca, que jogou durante o Carnaval com suas Pastoras. Naquela rede estreita entrelaçando Baianos e Cariocas, Tia Ciata foi a mais importante Tia (tia) da Bahia, compartilhando com as suas mulheres da cidade Tia Dadá (moradora do bairro do Rio Saúde) e Tia Bebiana (que morava no Largo de São Domingos) as honras de manter verdadeiros centros culturais que introduziram os cariocas no cultura da Bahia.

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