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domingo, 1 de outubro de 2017

A evasão de cérebros no Brasil

A evasão de cérebros no Brasil
Por Sara Puerta

Uma sequencia dura de cortes nas verbas voltadas para pesquisa está recriando um fenômeno, a chamada evasão de cérebros, ou êxodo científico, que são as perdas profissionais de um país para outro em que as condições sejam melhores.

O Brasil teve uma ascensão em Ciência entre os de 2002 até 2013, e desde então, sofre com  o contigenciamento na verbas e investimentos para  pesquisas. 2017 se apresenta como o pior cenário em 35 anos.

De acordo com dados da ANPG ( Associação Nacional de Pós-Graduandos) divulgados em sua página oficial, o investimento em pesquisas despencou ano a ano, passando de R$ 5 bilhões em 2015 para R$ 4 bilhões em 2016 e para R$ 1,7 bilhões em 2017.

Além disso, a entidade ainda alertou que de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso no dia 30 de agosto, há previsão de redução de mais de 50% nos recursos federais destinados à Ciência, Tecnologia e Inovação para 2018. Falando em valores absolutos a verba anual do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), encolheria de R$ 15,6 bilhões para R$ 11,3 bilhões em valores absolutos, e os recursos voltados para investimentos despencariam de R$ 6,2 bi para R$ 2,7 bi -  uma redução de 56%. 
Em agosto desse ano, o CNPq anunciou que não teria verba suficiente para pagar as bolsas já concedidas a partir daquele mês. 

Para Tamara Naiz, presidenta da entidade, com esse ataque à produção de ciência nacional, os pesquisadores brasileiros se vêem tanto com as incertezas sobre a continuidade das suas pesquisas quanto à falta de perspectiva para atuar no mercado.

"As incertezas sobre o pagamento das bolsas e a falta de verba para os centros de pesquisa fazem muitos estudantes e cientistas saírem do país. Além da "fuga de cérebros", que já estamos assistindo, muitos pós-graduandos, de tanto aguardarem uma vaga para trabalhar na área em que se formaram, acabam aceitando outro trabalho. Ou seja, eles investiram tempo e dinheiro numa formação, mas isso não será empregado para ajudar no desenvolvimento do Brasil porque vão trabalhar em áreas diferentes daquelas que eles se formaram", disse Tamara.

Como ficam os universitários?
Diante desses anúncios, não há qualquer estímulo ao jovem que pensa em seguir carreira científica. Muitas vezes, essa ideia que 
surge ainda na universidade, não se apresenta como um caminho possível.

Para Nayara Souza, presidenta da UEE-SP, que representa os estudantes universitários do estado de São Paulo, o reflexo desses cortes na ciência - e a própria falta de investimento - desanima até a formação da graduação, que hoje tem uma evasão de quase 30%.

"Além dos cortes nas bolsas, existe também a ameaça de cobrança de mensalidade na universidade pública, que é onde, atualmente, mais se produz pesquisa. Então, o cenário de pessimismo começa já na graduação. a soma desses dois fatores intensifica a evasão dos pesquisadores e talentos brasileiros", afirma Nayara.

A presidenta da entidade ainda observa que a defesa da pesquisa nacional e da educação pública devem ser lutas constantes e intensas para garantir o desenvolvimento e o crescimento da economia.

👉 No próximo dia 8 acontece a Terceira edição da Marcha pela Ciência. O evento acontece simultaneamente em todo país e quer elevar a mobilização em defesa da pesquisa nacional.

UEE/SP

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