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sábado, 12 de maio de 2018

CONVOCATÓRIA DO I ENCONTRO NACIONAL DE JUVENTUDE NEGRA E ANTI RACISTA DA UJS

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A história da formação do povo brasileiro é sedimentada em torno de desigualdades construídas a partir da colonização e da escravidão de negras e negros. Um povo escravizado, que nunca aceitou passivamente as correntes impostas pela elite brasileira. E, dos navios negros às cadeias super lotadas, de Zumbi e Dandara à Clovis Moura e Angela Davis, resistem ao racismo estrutural e institucionalizado.
A maioria da população brasileira declara-se negra (preta ou parda). Entre 2012 e 2016, o número de brasileiros que se autodeclaram pretos aumentou 14,9% no país. Uma maioria que configura entre os mais pobres, desempregadas (os), que nunca pode acessar os direitos básicos como educação, saúde, trabalho digno e alijado dos espaços de poder.
Fruto da nossa luta, durante os governos progressistas de Lula e Dilma , conquistamos políticas de ações afirmativas nos concursos públicos, a garantia do ensino da historia e cultura africana e afro-basileira nas escolas, o estatuto da igualdade racial, a criminalização do racismo. Ampliamos 200% a presença de negras e negros nas Universidades com a conquista das cotas raciais.
O golpe em curso no país recolocou no poder as classes dominantes, implementando um projeto anti-popular, entreguista, machista, lgftfóbico e racista, aprofundando as desigualdades e fortalecendo o caráter autoritário do estado. Não será nos marcos de Governo Temer e do capitalismo que retomaremos a agenda de luta anti-racista e desenvolvimentista. A luta do nosso tempo segue sendo por liberdade e democracia.
Mesmo a escravidão chegando ao fim, o sistema capitalista reaproveita algumas de suas características e mecanismos para continuar a explorar, oprimir, marginalizar e matar a população negra. Ampliou-se 54% o índice de violência contra as mulheres negras, hipersexulizadas em todos os meios de comunicação. De acordo com o Atlas da Violência 2017, a população negra corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios. É a juventude negra que segue morrendo nas periferias, mas sonha com oportunidades e resiste através da cultura, do funk, do hip-hop, por exemplo.
A luta anti-racista é a base objetiva da luta de classes no Brasil, sendo esta uma luta estruturante para o desenvolvimento nacional. A União da Juventude Socialista desafia-se a enfrentar o racismo, histórica mazela social, dentro e fora da nossa organização, valorizando a questão racial colocando como um desafio central. Construir o socialismo perpassa pela superação do racismo, no Brasil. E, essa deve ser uma luta de toda sociedade. Nesse sentido, convocamos o I Encontro de Juventude Negra e Anti-Racista da UJS – “Negras e Negros no Poder, Construindo um Novo Projeto de Nação!”. Cantemos a esperança de um país onde negras e negros sejam verdadeiramente livres!
Fonte: UJS

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