Obra Danse de sauvages de la Mission de St: José, de Jean-Baptiste Debret, do álbum Voyage Pittoresque dans le Brésil.
Por BIBLIOTECA NACIONAL
BRASILIANA ICONOGRÁFICA
Tomar como referência o trabalho de outro artista ou copiá-lo era prática comum entre os estrangeiros que registraram o Brasil no século XIX, como Debret, Rugendas e Chamberlain. Novo texto publicado na Brasiliana Iconográfica sinaliza que registros feitos por artistas viajantes que integram o acervo da Brasiliana Iconográfica permitem identificar personagens que se repetem em obras de diferentes autores.
A observação direta nem sempre era praticada, pois as viagens eram caras, e os lugares, distantes entre si. Assim, era comum desenhar cenas, lugares e pessoas jamais vistos pessoalmente, embasados por registros de terceiros. A prática, que hoje pode ser considerada plágio, era bastante utilizada no século XIX para ampliar o conteúdo dos livros dos artistas viajantes. Tais obras pretendiam mostrar, de forma abrangente, a paisagem, a sociedade e a economia dos locais por onde os artistas passavam. O francês Jean-Baptiste Debret, por exemplo, ilustrou um grupo de índios da missão de São José, que ele não presenciou. Tudo indica que ele usou como base imagens de índios norte-americanos feitas pelo naturalista Georg Heinrich von Langsdorff que registrou, em 1812, uma missão de São José na Nova Califórnia.
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