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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Estudante briga na Justiça contra perseguição do IBMEC e condenação em 200 mil

Imbróglio se arrasta desde 2016 e começou com a vitória do movimento estudantil com fim das cobranças de taxas nas universidades privadas do RJ.
Em janeiro de 2016, o movimento estudantil carioca conseguiu uma vitória inédita e que serve até hoje de modelo para os outros Estados. Depois de muito luta os estudantes garantiram, por meio da Lei 7.202 o fim das cobranças de taxas abusivas nas universidades particulares do estado.
Na época Pedro Auar, era estudante de Direito do Ibmec-RJ e presidente do Centro Acadêmico Ministro Evandro Lins e Silva (Camels) – entidade pioneira na luta contra as taxas. Desde então o estudante conta que a perseguição por parte da coordenação de Direito da instituição, que culminou em sua expulsão e até em pedido de prisão preventiva parece não ter limites.
“Fui condenado em 200 mil reais por danos morais pelo I Juizado Especial Cível da Barra da Tijuca que é de pequenas causas. A disparidade desse valor mostra a má-fé”, destaca.
A última foi a tentativa de penhora porta a dentro, ou seja, entrarem na casa do pai do estudante onde ele mora e levarem qualquer objeto de valor até que se atinja o valor da condenação. “A gente não pode ficar calado, é seríssimo isso que estão fazendo. Eu nem tenho esse dinheiro. Estão fazendo isso para me silenciar, para me colocar medo”.
Pedro que continua a estudar direito, agora na PUC-RJ, afirma que além de estarem infrigindo a lei do Juizado, em uma condenação de valor muito maior que o que está na lei, também querem invadir a casa do pai dele, o que de acordo com o estudante é inconstitucional.
“São os professores e advogados Daniel Brantes Ferreira e Bianca Oliveira de Farias, além do grupo do IBMEC por trás. O que leva professores a perseguirem um aluno dessa maneira cruel?”, questiona nominando os autores do processo contra ele.
Em 2017 a casa do pai de Pedro já foi alvo de uma busca e apreensão que levou o celular e o computador do estudante. Até hoje ele não conseguiu os aparelhos de volta.
“Eu acho que mexi com cachorro grande, com o cartel das universidades privadas aqui do Rio. Fiquei em evidência e não tive medo de brigar pelo que é certo”, afirma.
A briga na Justiça continua. “Estamos tentando reverter a condenação, mas com é um Juizado de Pequenas Causas não tem muito recurso. E infelizmente hoje estamos vivendo a ditadura da toga”.
Fonte: UNE

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