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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Artesanato promove manutenção da cultura Kaingang no Sul do país

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O artesanato é uma importante representação da identidade Kaingang. (foto: Mário Vilela/Funai)
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Brincos, pulseiras, colares e anéis; filtros de sonho, tiras e peneiras. O artesanato produzido por cerca de 230 famílias indígenas no noroeste do Rio Grande do Sul é a principal fonte de renda e subsistência das aldeias Kaingang localizadas nos municípios gaúchos de Iraí, Vicente Dutra e Lajeado do Bugre. Além da importância econômica, a atividade artesanal representa o resgate de aspectos culturais imprescindíveis à própria identidade indígena.

Brincos, pulseiras, colares e anéis; filtros de sonho, tiras e peneiras. O artesanato produzido por cerca de 230 famílias indígenas no noroeste do Rio Grande do Sul é a principal fonte de renda e subsistência das aldeias Kaingang localizadas nos municípios gaúchos de Iraí, Vicente Dutra e Lajeado do Bugre. Além da importância econômica, a atividade artesanal representa o resgate de aspectos culturais imprescindíveis à própria identidade indígena.



"Desde pequenas, as crianças aprendem a fazer tudo. Para os indígenas 'problema' é a criança ou o jovem não aprender, não saber confeccionar artesanato, pois não saberá ganhar seu sustento. Sem a prática do artesanato, sua tradição cultural morrerá", explica a servidora Maryjara Mazzocato Dazzi, da Coordenação Técnica Local da Funai em Iraí/RS.

Conforme esclarece Maryjara, a atividade artesanal é a principal fonte de renda para o povo Kaingang, pois as comunidades indígenas estão restritas a pequenos territórios e aldeamentos nas Terras Indígenas Iraí e Rio dos Índios. "Apenas algumas famílias plantam suas roças de subsistência, e a renda familiar advêm do artesanato", afirma.
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Artesanato Kaingang feito nas aldeias do Noroeste Gaúcho. (foto: Maryjara Dazzi)


Uma grande dificuldade enfrentada nas aldeias é a escassez de matéria prima para o artesanato. Para obter taquara, cipó ou madeira, os artesãos e artesãs indígenas precisam fretar um caminhão. Depois de confeccionar o artesanato, ainda necessitam viajar a outras cidades para comercializá-lo. Maryjara revela que famílias inteiras chegam a acampar em terrenos baldios, sem infraestrutura adequada como água, energia elétrica e banheiros.
"Já alguns poucos municípios oferecem melhores condições para os indígenas que se encontram de passagem. E também os servidores locais da Funai juntamente com lideranças indígenas vêm fazendo um trabalho insistente e pontual junto a gestores e população dos municípios mais procurados para o comércio do artesanato, como, por exemplo, as cidades onde acontecem feiras e exposições", comenta.
A servidora da Funai conta que, entre os meses de dezembro e fevereiro, muitos indígenas fretam ônibus para deslocarem-se até o litoral do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde o comércio do artesanato tem um bom retorno devido ao intenso movimento de turistas. Na chuva, no calor do verão gaúcho ou sob o frio do vento minuano, o artesanato é um trabalho de superação que atesta a perseverança do povo Kaingang diante das dificuldades.

Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da CLT Iraí-RS

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