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domingo, 23 de setembro de 2018

MP 841: O arcabouço do sonho

Estudantes e artistas protestam contra a MP que vai transferir recursos da Cultura e Esporte para a pasta de Segurança Pública.
O que esperar do corte na Cultura e Esporte promovidos pela nova medida provisória de Temer? Confira no texto escrito pela jornalista e cuqueira Brenda Amaral.
Lançada no começo de junho, a Medida Provisória 841 de 2018 é mais uma fissura aberta pelo governo Temer contra direitos sociais conquistados há décadas. A proposta é transferir para a pasta da segurança pública o dinheiro destinado ao esporte e à cultura, arrecadado pelas loterias federais.
São 450 milhões de reais que levantam e dão vida a milhares de ações sociais por todo o país e que, para além da concretude das aulas, oficinas e vivências proporcionadas pelos projetos, permitem às crianças e sujeitos brasileiros a possibilidade de reinventarem seus cotidianos. E isso não é pouco.
Uma criança que tem acesso a atividades esportivas e culturais abre-se para um mundo novo, que certamente o investimento na segurança pública não pode garantir, como vimos ainda há pouco, com a morte dilacerante de Marcos Vinicius, justamente a caminho da escola.
A escolha de se priorizar os investimentos bélicos é a escolha de dar voltas sem fim em círculos perigosos. O problema da segurança pública é real, mas se resolve através da observação de um Brasil profundo e lendário em que só medidas transversais, transhumanas e transdisciplinares resultariam em soluções de enfrentamento à violência e à ordem vigente.
Essa obstinação do atual governo em investir na segurança pública, no financiamento de caveirões, tropas de choque e tanques de guerra é o resumo de um sistema raso e insensível. Temer e sua trupe são insensíveis e o sonho é muito importante para a sobrevivência de uma sociedade.
Por isso, a cultura precisa ser entendida como infraestrutura da vida e ocupar um lugar central na mesa em que se discutem as políticas de desenvolvimento do país, o que é muito distante do que vemos hoje, com orçamentos baixíssimos destinados à área e inumeráveis golpes sofridos diariamente contra essa força política que tem a cultura; a força de mover a base do redemoinho e de fazer girar a roda viva que é, ou que pode ser o Brasil – que sonha com a volta do irmão do Henfil.
Brenda Amaral – jornalista pela Faculdade Casper Líbero, estudante da Escola de Comunicação e Artes da USP – ECA USP, mídia tática do teat(r)o Oficina Uzyna Uzona e universidade antropófaga.

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