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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Acredite: este professor de Natal realmente inventou um “carro a água”

Modelo Chevrolet Biscayne semelhante ao que recebeu o motor “movido a àgua” do professor Nicanor.
Talvez você já tenha ouvido falar em um tal inventor de um “carro movido à água” em Natal, né? Pois é, mas ele realmente existiu! Ah, e o carro também! Olha só que história!
Seu nome? Nicanor de Azevedo Maia. Morador de um bonito sobrado na rua Mossoró, em Natal-RN, nos anos 60 ele era um recém formado engenheiro Civil da antiga Escola de Engenharia. Mais tarde, ele inventaria um motor para o seu veículo “movido a água”.

O professor Nicanor Azevedo Maia

Mas deixa eu te explicar melhor. Nicanor se tornou professor do curso de Mecânica Aplicada do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e se dedicou à pesquisa na área de energia solar e de sistemas de propulsão.
Curioso e inquieto, ele direcionou sua pesquisa para a montagem de um “carro movido a água”. E adivinha quem acreditou nisso na época? Ninguém! Quem seria capaz de encarar de frente a poderosa indústria automobilística e do petróleo dessa forma?!
Sem se intimidar com nada, ele vendeu um dos carros que possuía, gastou 5 mil cruzeiros do próprio bolso e adquiriu um Chevrolet Biscayne 1965 (foto abaixo), para começar dar forma ao seu invento. “Há 90% de possibilidades de que a coisa dê certo”, afirmou ele em entrevista concedida à revista Veja, em março de 1976.

Modelo Chevrolet Biscayne semelhante ao que recebeu o motor “movido a àgua” do professor Nicanor.

Mas calma, o motor não era exatamente MOVIDO À ÁGUA, certo? Na verdade Nicanor precisava extrair da água o Hidrogênio, o mesmo utilizado como combustível nas naves especiais, e pra isso ele tinha 3 ideias de sistemas de decomposição:
  1. Na primeira, a decomposição da água ocorria através da hidrogenita – substância composta de silício, hidróxido de sódio (soda cáustica) e cal extinta – com essa ele obteve sucesso;
  2. Na segunda ele utilizaria apenas o calor do próprio motor e a energia da bateria para dissociar a água;
  3. No terceiro método ele pensava em usar o urânio como dissociador.
Para o professor, um motor a hidrogênio ganharia em potência, por causa desse elemento ser oito vezes mais detonante que a gasolina. E a economia era grande, porque usando hidrogenita o volume correspondente a um litro de hidrogênio custaria, no máximo, 30% do valor cobrado na época por um litro de gasolina. Sem falar na vantagem de se produzir uma energia limpa sem agressão ao meio ambiente.
Toda as experiências desse “professor Pardal potiguar” eram feitas num simples galpão. Foi então que após alguns meses de pesquisa ele montou um gerador de hidrogênio à base de hidrogenita e água no velho Chevrolet! E sim! No tanque de combustível havia água! Com o carro adaptado e funcionando perfeitamente, Nicanor transitou pela cidade e fez até viagens para alguns municípios do RN.
Um dia o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), o convidou para fazer uma palestra sobre a “Utilização do Hidrogênio Obtido da Dissociação da Água em Motores Térmicos”, e aí finalmente o pesquisador ganhou credibilidade. Isso porque o experimento de Nicanor era idêntico ao utilizado pelos engenheiros do ITA, a diferença é que lá eles utilizavam uma aparelhagem moderna e sofisticada, enquanto, em Natal, o professor desenvolvia o seu invento em casa artesanalmente. Que gênio, hein?!
O “professor Pardal” potiguar calou a boca dos que falavam mal da ideia dele, mas, infelizmente a falta de incentivos maiores enfraqueceu seu sonho, e a ideia não foi levada à frente. Em 27 de dezembro de 2001, o gênio do motor “à agua” faleceu com 77 anos de idade.

Mas será que carros movidos à hidrogênio extraído da água daria mesmo certo?

O especialista em carros Boris Feldman diz que dá sim para tirar o hidrogênio da água, sem dúvida nenhuma, e que ele faz sim o motor funcionar. Mas, tem um problema: a energia elétrica que a bateria tem que fornecer para se tirar o hidrogênio da água é maior do que a energia que o sistema fornece para o motor. Então o carro poderia rodar por uns dias apenas.
Com informações de José Narcélio Marques Sousa (Engenheiro civil) amigo de Nicanor, Tribuna do Norte, e Auto Falácias , Boris Feldman para o Auto Papo.
Fonte: CURIOZZZO

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