Presidente fez discurso de palanque, do alto de um veículo militar, e incendiou manifestantes aglomerados que pediam o fim do isolamento, exaltavam a ditadura e clamavam por um novo AI-5
Por Ivan Longo - Revista Fórum
Em mais um ato de irresponsabilidade e que flerta com o golpismo, o presidente Jair Bolsonaro voltou a desrespeitar as recomendações de isolamento social e compareceu a uma manifestação em Brasília na tarde deste domingo (19) que, além de pedir o fim da quarentena, clamava pelo fechamento do Congresso Nacional, uma intervenção militar com o presidente, além de um novo AI-5.
O ato, que aglomerou dezenas de pessoas sem qualquer tipo de proteção, aconteceu em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. Bolsonaro apareceu de surpresa e foi improvisado um cordão de isolamento.
O presidente discursou do alto de um veículo militar e, aos gritos de “mito”, inflamou os manifestantes.
“Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada, nós queremos é ação pelo Brasil. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção, têm que ser patriotas e acreditar, fazer sua parte, para colocar o Brasil num lugar de destaque e liderança”, afirmou.
“Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder. Vocês tem obrigação de lutar pelo país de vocês”, completou.
Em seu discurso, o capitão da reserva seguiu influenciando seus apoiadores a não respeitarem as medidas de isolamento adotadas pelos governadores – principal recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o combate ao coronavírus.
“Contem com seu presidente pra fazer tudo aquilo que for necessário para que nós possamos manter a nossa democracia e garantir aquilo que é mais sagrado, a nossa liberdade”, disparou Bolsonaro, finalizando com seu bordão “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
Assista.
Em mais um discurso irresponsável para apoiadores contra o isolamento social, @JairBolsonaro tosse pelo menos quatro vezes enquanto fala. Ele não usa máscara, provoca aglomeração e contraia de novo recomendações do @minsaude, médicos e cientistas
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