O Ministério Público Federal apresentou nesta quinta-feira uma representação para que o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sergio Camargo, responda na Justiça por improbidade administrativa devido as desqualificações feitas por Camargo à figura de Zumbi dos Palmares, símbolo da luta negra contra a escravidão.
Os deputados Túlio Gadêlha (PDT-PE), Benedita da Silva (PT-RJ), Áurea Carolina (PSOL-MG) e Bira do Pindaré (PSB-MA) também entraram com uma ação popular no MPF contra Camargo pelas publicações que colocavam Zumbi dos Palmares como escravizador de outros negros.
A publicação em questão foi feita em redes oficiais da Fundação Palmares no dia 13 de maio, dia marcado pela assinatura da Lei Áurea, data que inclusive é conhecida por parte do movimento negro como #FalsaAbolição.
A ação dos deputados alega o abuso de poder e desvio de finalidade da instituição que é voltada ao resgate dos valores da influência negra. Segundo o MPF, a lei estabelece que constitui ato de improbidade administrativa atentar contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições.
Essa não é a primeira vez que Sérgio faz declarações repudiadas pelo movimento negro, como em 2019 que disse que “a escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes”.
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