Lucas Morais da Trindade foi preso em flagrante em 2018 por porte de drogas.
Em primeira instância, o jovem foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão. A defesa do mineiro então entrou com três recursos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), mas todos foram negados.
A decisão do TJMG vai contra uma resolução divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre prisões durante a pandemia. O texto sugere, entre outras coisas, a reavaliação de prisões provisórias e preventivas que resultem de crimes menos graves, além de indicar que novas ordens de prisão devem respeitar a “máxima excepcionalidade”.
Segundo a Sejusp, no sábado, Lucas desmaiou na cela e foi encaminhado desacordado para atendimento no hospital Padre Júlio Maria, onde morreu.
Inicialmente, disseram aos familiares que a causa era infarto, mas no atestado de óbito veio o resultado positivo para a covid-19.
Segundo o CNJ, de maio para junho, houve um aumento de 800% nos casos de covid-19 nos presídios. O advogado de Lucas, Felipe de Oliveira Peixoto, informou que o recurso do jovem seria julgado pelo TJMJ no dia 30 deste mês. A família estuda processar o Estado pelo ocorrido.
Parentes de detentos que cumprem pena no sistema penitenciário de Manhumirim cobram transparência sobre o estado de saúde dos presos, depois da morte de Lucas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o presídio de Manhumirim tem 159 presos confirmados com a doença.
Fonte: Carta Capital
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