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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Preta Ferreira é premiada no Festival de Gramado. ‘Tentaram me silenciar, voltei gritando’ - Por BRASIL 247

Cantora e ativista Preta Ferreira (Foto: Pedro Ribeiro Nogueira/Ponte Jornalismo).

Rede Brasil Atual - A publicitária e “artivista” Janice Ferreira da Silva, a Preta Ferreira, foi premiada, neste sábado (26), com o troféu Kikito da 48ª edição do Festival de Cinema de Gramado. O prêmio foi concedido por sua atuação como atriz no curta Receita de Caranguejo (2020). Dirigido por Issis Valenzuela, o filme também recebeu um Kikito pelo “Melhor Desenho de Som”, assinado por Isadora Torres e Vinicius Prado Martins.

O anúncio foi feito pela realizadora audiovisual Juliana Balhego e a cineasta e fotógrafa Safira Moreira, ambas mulheres negras. Na cerimônia, realizada de forma virtual e transmitida pelo Canal Brasil, pela TVE-RS e pelas redes sociais, Juliana abriu o discurso lembrando que no “país que insiste em criminalizar a narrativa de corpos pretos ao longo do séculos”, as mulheres negras “seguem lutando e construindo outros modos de existência e resistência. Resistimos através das artes, da música, da dança. Resistimos através do cinema”, destacou. 

Safira prosseguiu, afirmando que essa população faz da sétima arte “mais um espaço de liberdade e inventividade. Por isso ver na tela o trabalho de uma mulher negra, que é tantas, merece destaque. Por mais que tentem rotular, encarcerar, aniquilar nossas existências, mostramos que somos muitas. Podemos ser artistas, cantoras, produtoras, ativistas, atrizes num só corpo. É por isso que o Prêmio Especial do Júri vai para Preta Ferreira por sua atuação no curta ‘Receita de caranguejo”, anunciou a cineasta. 

“Voltei gritando”

Em 24 de junho do ano passado, Preta foi presa por sua luta por moradia, sob acusações frágeis e arbitrárias. Ela é filha da coordenadora da Frente de Luta por Moradia (FLM), Carmem Silva, candidata à vereadora pelo PT em São Paulo. A artista chegou a perder vários papéis e contratos que tinha como atriz durante os 100 dias que ficou na prisão. “Quem vai me devolver o tempo e os trampos perdidos? (Para) Onde mando a conta”, denunciou pelo Twitter, em julho deste ano. 

Ao receber a notícia do prêmio, comemorou. “Ano passado tentaram me silenciar, esse ano eu voltei gritando”, ironizou. Ela dedicou a estatueta “à toda a população indígena e preta desse país. Eu ofereço aos favelados, aos sem-teto, aos encarcerados, aos minorizados”, escreveu em sua conta no Instagram. “A todos que vivem de arte nesse país: ofereço esse prêmio a todas as pessoas que têm o sonho de serem inseridas no mercado cinematográfico – lugar tão estático e seletivo. Nós vamos estar em todos os espaços de poder”, garantiu a artista e ativista. 

Portal BRASIL 247

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