Para o revolucionário Leon Trotsky, o Manifesto Comunista de Marx e Engels representava "a maior genialidade da literatura mundial". A obra é celebrada anualmente nesse 21 de fevereiro
Hoje, 21 de fevereiro, é o Dia do Livro Vermelho, um movimento mundial que recorda a publicação do Manifesto Comunista pelos geniais e ainda muito jovens Karl Marx e Friedrich Engels, ambos ainda com menos de 30 anos de idade na época.
Dentre as centenas de edições disponíveis do Manifesto, há uma publicada em espanhol pela editora estadunidense Pathfinder em que o nome dos dois autores está escrito como o chamam os leitores de língua hispânica: Carlos Marx e Federico Engels.
Pathfinder também é o nome de um famoso mural que existiu por muitos anos em Nova Iorque. O mural foi concebido pelo artista Mike Alewitz em 1988 e feito com a colaboração de mais de 80 artistas de 20 países. Originalmente, o mural foi pintado na lateral do antigo edifício do Socialist Workers Party (Partido Socialista dos Trabalhadores dos EUA) que também abrigava a editora Pathfinder.
Esse mural mostrava uma impressora vermelha no centro, da qual saíam pôsteres de heróis revolucionários, com multidões retratadas acima e abaixo. Ativistas e figuras políticas mundialmente conhecidos faziam parte do mural como Martin Luther King Jr., Malcolm X, Rosa Parks, Ho Chi Min, Che Guevara, Fidel Castro, entre outros. Dessa impressora saíam também palavras de Fidel:
ela também deve ser dita]
Entre outros temas, Marx e Engels abordam no Manifesto Comunista a vitória da classe trabalhadora na Inglaterra no início de 1847, depois da aprovação da lei da jornada de dez horas, que limitou as horas de trabalho para mulheres e crianças. Nas décadas seguintes, o movimento internacional dos trabalhadores lutou pela jornada de oito horas para toda a classe trabalhadora. E nesse mural em Nova York havia um detalhe onde se lia “oito horas de trabalho, oito horas de lazer, oito horas de descanso”. Surpreendentemente, uma das trincheiras que até hoje faz parte da luta da classe trabalhadora em todo mundo.
Essa edição em espanhol do Manifesto publicada pela Pathfinder tem ainda introdução do revolucionário Leon Trotsky escrita em outubro de 1937 em que ele comenta a atualidade do texto, ainda naquela época perto de completar 100 anos de publicado. Para Trotsky, o Manifesto Comunista de Marx e Engels representava “a maior genialidade da literatura mundial”.
O Manifesto Comunista foi publicado, originalmente em alemão, em 21 de fevereiro de 1848 e, de fato, como assinalou Trotsky em 1937, continua atual 173 anos depois.
Fonte: JORNALISTAS LIVRES
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