O jornalista e escritor Osvaldo Bertolino está lançando o livro “Guerrilha do Araguaia – verdades, fatos e verdades”. O livro mostra como a Guerrilha do Araguaia tem raízes profundas no processo histórico do país.
O jornalista e escritor Osvaldo Bertolino está lançando o livro “Guerrilha do Araguaia – verdades, fatos e verdades”, pela editora Apparte, com polêmicas e argumentos no contexto do avanço de versões sobre o tema com viés de direita na forma de livros, teses acadêmicas e espaços na mídia. A obra, resultado de uma ampla pesquisa sobre a teoria do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que organizou a Guerrilha, responde a uma escalada de versões no âmbito externo ao ideal que formou os guerrilheiros e mergulha na análise da história que resultou no regime de 1964 e no seu enfrentamento.
O autor prospecta a origem da formação histórica das correntes filosóficas e ideológicas que levaram às conflagrações mundiais nos séculos XIX e XX e expõe, como uma reportagem da história, a conjunção de fatores que levou à condensação de dois veios no Brasil, em consonância com os avanços e retrocessos que marcaram esse período histórico. Percorre essa evolução constatando como o processo social e histórico ergueu patamares de superação dos estágios primitivos do capitalismo e gerou o conflito com o desenvolvimento do ideal socialista.
Embrenhando-se nessa seara com espírito crítico, o livro, escrito com leveza e contundência argumentativa, demonstra que o conflito no Araguaia reproduziu essas ideologias que se enfrentam desde a Comuna de Paris, passando pela Revolução Russa e a Segunda Guerra Mundial, chegando às guerras posteriores, tendo como vértice a “Doutrina Truman” e a Guerra Fria. Tudo isso convergiu para os combates entre a Guerrilha do Araguaia e a ditadura militar, segundo a obra. E relata como esse debate perpassou os estágios seguintes da luta política, chegando aos dias atuais.
De acordo com o autor, as versões que surgiram recentemente, assim como outras mais antigas com o mesmo teor e com menos propagação, ignoram essas premissas históricas, filosóficas e ideológicas. Para combatê-las, argumenta na forma de confrontação de dados e informações, numa primeira parte, e, em seguida, recorre à formulação teórica da história do Partido Comunista do Brasil para demonstrar como a Guerrilha do Araguaia tem raízes profundas no processo histórico do país. Ou, como diz o autor, uma reportagem sobre a história dos embates entre campos radicalmente opostos sobretudo ao longo do século XX.
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