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sábado, 3 de julho de 2021

Crise social - Sem garantir estabilidade na pandemia, Brasil mantém recorde de desemprego

 

O Brasil alcançou no trimestre encerrado em abril a taxa de 14,7% de desemprego, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgada nesta quarta-feira (30) pelo IBGE. Em números absolutos, são 14,8 milhões de pessoas que estão sem salário e direitos. É a maior taxa para o mês de abril desde o início da série histórica, em 2012.

 

O número é 3,4% maior em relação ao trimestre anterior, encerrado em janeiro (14,2%). Pelos critérios do IBGE, é considerada desempregada a pessoa que não tem trabalho e procurou emprego nos 30 dias anteriores ao período da pesquisa.

 

Comparando-se ao início da pandemia, o país tem hoje menos 3,3 milhões de pessoas empregadas. O nível de ocupação se mantém numa faixa bastante preocupante: apenas 48,5% da população em idade para trabalhar está ocupada.

 

Apesar desse grave cenário, o governo Bolsonaro permanece sem uma política de preservação dos postos de trabalho e sem garantir estabilidade no emprego.

 

Desalento

A pesquisa também deixa clara a falta de perspectiva da população. Segundo a Pnad, 6 milhões de pessoas desistiram de procurar emprego. São trabalhadores em situação de desalento. O número mostra-se estável em relação à pesquisa anterior e ainda está no maior patamar da série do IBGE; ou seja, a situação continua terrível.

 

Com poucas ofertas de emprego regularizado, o país contabiliza 34,2 milhões de trabalhadores informais.

 

“Mesmo diante desse cenário de baixa renda e de pandemia, os trabalhadores não podem contar com um auxílio emergencial que garanta a sua sobrevivência. Não é só contra o coronavírus que Bolsonaro se revela incompetente. O país não tem política alguma para geração de empregos. Por isso, precisamos botar esse governo para fora”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.

 

Informações: Sindmetalsjc

Fonte: CONLUTAS

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