Bolsonaro tem como principal estratégia para manter a base atacar algum suposto adversário. O último alvo foi o Supremo Tribunal Federal, mas agora ele e sua equipe já estão prontos para enfrentar a Globo. Uma das formas de bater de frente com o canal é barrar a renovação da concessão da empresa.
O presidente perdeu a queda de braço com o STF e mirou suas armas na terceira via. Houve um forte esquema de combate aos protestos do último domingo (12). Com a pouca adesão de público, o governante deixará Doria, Amôedo, Ciro, MBL e outros de lado.
Agora o objetivo é atacar quem tem força: a Globo. O chefe do Executivo entende que a emissora é uma inimiga perfeita para inflar seus apoiadores. Inclusive, na última live, ele chegou a criticar William Bonner. E ainda comparou o canal com a Jovem Pan.
Em 2022, a emissora vai tentar renovar sua concessão do Rio de Janeiro. No passado, o presidente chegou a ameaçar não assinar a renovação. Só que todo esse processo passa pelas mãos do Congresso. Hoje, não há qualquer chance da Globo sair do ar. E, mesmo que Bolsonaro consiga convencer seus aliados a votarem contra a empresa, ela poderá usar o sinal outras afiliadas.
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O presidente já atacou a Globo em diversas oportunidades. “Temos uma conversa em 2022. Eu tenho que estar morto até lá. Porque o processo de renovação da concessão não vai ser perseguição. Nem pra vocês nem pra TV nem rádio nenhuma. Mas o processo tem que estar enxuto, tem que estar legal. Não vai ter jeitinho pra vocês, nem pra ninguém”, afirmou o chefe do executivo em 2020.
Na época, o Jornal Nacional mostrou uma reportagem em que insinuava que o suposto assassino de Marielle Franco teria ligação com presidente. Ele se revoltou e ameaçou a emissora. Só que voltou atrás depois que foi comparado com Hugo Chaves.
A concessão da Globo termina em outubro do ano que vem.
Fonte: Diário do Centro do Mundo - DCM
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