Nascida
em Portugal, Maria do Carmo Miranda da Cunha tornou-se
brasileira por adoção, pois sua família mudou-se para o Rio de Janeiro quando
ela tinha apenas 1 ano de idade.
9 de fevereiro de 1909, Marco de Canaveses (Portugal)<br>5 de agosto de 1955, Beverly Hills (EUA)
Apesar
da resistência dos pais, Carmen Miranda sempre desejou ingressar
na carreira artística. Trabalhando desde os 14 anos, primeiro em uma loja de
gravatas, depois em uma chapelaria, Carmen cantava em festas que aconteciam
pela cidade.
Em
1929, graças ao apoio do compositor Josué de Barros, gravou seus primeiros
discos: pelas gravadoras Brunswick e RCA Victor. O sucesso chegou em 1930, com
a marchinha Pra você gostar de mim (ou “Taí”), de Joubert de Carvalho. Em 1933,
realizava sua primeira turnê internacional, cantando na Argentina (Buenos
Aires), para onde voltou no ano seguinte. Já era chamada de “a maior cantora
brasileira” ou “a cantora do it”.
Depois
de estrear no filme “Alô, alô carnaval”, foi contratada – juntamente com sua
irmã, Aurora Miranda, também cantora – para fazer parte do elenco permanente do
Cassino da Urca, o local de shows mais famoso na década de 1930.
Sucesso nos EUA
Foi nesse cassino que, em 1939, Carmen conheceu o empresário norte-americano
Lee Shubert, que a levaria para os EUA, juntamente com o Bando da Lua (o grupo
musical que a acompanhava em suas apresentações).
De maio
de 1939 a 1953, Carmen Miranda atuou em inúmeros filmes de Hollywood, além de
se apresentar em programas de rádio e de televisão, casas noturnas e cassinos,
chegando inclusive a a fazer parte de um show na Casa Branca.
Casada,
em 1947, com o norte-americano David Sebastian, Carmen Miranda era, desde o ano
anterior, um dos maiores salários de Hollywood.
A decadência,
contudo, parece ter começado com o casamento. Seu marido, que também era seu
empresário, não conduziu adequadamente os negócios. Além disso, Carmen
tornou-se alcoólatra e dependente de barbitúricos. De volta ao Brasil em 1954,
submeteu-se a um tratamento de desintoxicação, mas com resultados apenas
parcialmente positivos.
De
volta aos EUA em abril de 1955, reiniciou as exaustivas turnês e, no início de
agosto, apresentou-se no programa do comediante Jimmy Durante, quando teve um
mal-estar. Nessa mesma noite, depois de cantar para amigos em sua residência e
recolher-se, sofreu um ataque cardíaco fulminante.
O corpo
de Carmen Miranda foi transladado para o Brasil. O cortejo fúnebre reuniu cerca
de meio milhão de pessoas. No Aterro do Flamengo, na cidade do Rio de janeiro,
o governo criou o Museu Carmen Miranda.
Entre
as canções interpretadas por Carmen, algumas permanecem até hoje no imaginário
popular: “Chica-chica-bum-chic”, Isto é lá com Santo Antônio, O que é que a
baiana tem?, “O tique-taque do meu coração” e “South american way”.
Enciclopédia
Mirador Internacional; Folha de S. Paulo, Brasil Cultura.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA
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