Essa é a conclusão do inquérito da Polícia Civil do Paraná que investigou o assassinato de Marcelo Arruda por Jorge Guaranho que invadiu a festa de aniversário gritando “bolsonaro mito’ e frases contra Lula
Para a
Polícia Civil do Paraná, o bolsonarista Jorge Guaranho, policial federal penal,
que invadiu a festa de aniversário e assassinou o militante petista e guarda
municipal Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no sábado (9), gritando “Bolsonaro
mito” e xingando Lula, não tinha motivação política para cometer o crime.
Violência política sobe 23% nos primeiros seis meses deste
ano em relação a 2020
Ao
anunciar a conclusão do inquérito na manhã da última sexta-feira (15), a
delegada Camila Cecconello disse em entrevista coletiva que Guaranho, que não
teve motivação política, segundo a investigação, e foi indiciado por homicídio
duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo comum. A pena
deste tipo de crime pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
O
advogado Ian Vargas, um dos representantes legais da família da vítima,
discorda do indiciamento e disse ao UOL que irá buscar esse posicionamento
durante o processo na Justiça. "A defesa da vítima reafirma que a
motivação do crime foi intolerância política. Agora aguardaremos a posição do
Ministério Público".
Após
ter sido baleado duas vezes, Marcelo Arruda reagiu e atirou em Guaranho
impedindo que mais pessoas fossem feridas. Marcelo havia pegado a arma
funcional no carro após Guaranho ameaçar atirar, ser contido pela esposa, mas
dizer que voltaria.
O
policial penitenciário sobreviveu e está internado em um hospital da cidade em
estado grave, mas estável, dizem os médicos. Ele teve prisão preventiva decretada
na segunda (11).
De
acordo com a delegada faltou requisitos para enquadrar o assassinato de Marcelo
como crime político. Para ela, Guaranho queria apenas provocar.
O
carro do assassino tocava uma música de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL)
quando ele chegou ao local da festa para xingar. Marcelo pediu para ele ir
embora e, segundo a delegada, jogou um punhado de terra no carro de Guaranho,
que saiu e voltou. Já saiu do carro já atirando como mostram as imagens.
Ele
voltou pronto para matar porque, segundo a delagada, “se sentiu humilhado”.
Apesar
de dizer que o crime não teve motivação política, a Polícia Civil disse que o
policial penal estava em um churrasco, quando ficou sabendo da festa de Marcelo
por uma outra pessoa que estava com ele e tinha acesso às imagens de câmera de
segurança da associação onde o aniversário de Marcelo estava acontecendo.
Em
seguida, o policial penal deixou o churrasco onde estava sem falar nada e foi
para o local onde era realizado o aniversário de Marcelo, xingou, fez ameaças,
prometeu voltar, voltou e matou Marcelo, que comemorava 50 anos e deixa 4
filhos, além da esposa.
Com informações do G1.
Fonte: CUT NACIONAL
Adaptado pelo CPC-RN, 17/07/2022
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