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domingo, 14 de agosto de 2022

Leopardo de Ouro: Big Bang, de Carlos Segundo, leva prêmio de melhor curta em festival na Suíca

 


O filme brasileiro "Big Bang", dirigido por Carlos Segundo, que teve seu lançamento no 75º Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, saiu consagrado como o Melhor Filme na categoria “Corti d’autore” (Curta de Autor), voltado para curtas que fazem sua estreia mundial.

O curta narra a história de Chico (Giovanni Venturini), um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Solitário, ele vive um conflito interno contínuo, resultado do sentimento do abandono familiar - principalmente o paterno - e da exclusão social que o persegue. Mas Chico irá pouco a pouco descobrir uma forma de resistência e, por que não, de vingança.

Em discurso ao receber a premiação (assista aqui), Venturini disse que o momento era significativo. "Talvez essa seja a primeira vez que uma pessoa com deficiência está recebendo esse prêmio. Sou ator há quinze anos, tenho fugido de personagens estereotipadas por anos. Eu estava num momento bastante desmotivado com a indústria brasileira de cinema quando veio o convite para protagonizar “Big Bang” e me encheu de esperança novamente”. 

Também agradeceu pela oportunidade. “Muito obrigado ao diretor e meu amigo Carlos Segundo, pelo presente que foi esse filme, obrigado a empresa produtora francesa Les Valseurs. Esse prêmio não é apenas nosso, mas para todos os corpos invisíveis na sociedade. Que “Big Bang” cause uma grande explosão e revolução de ideias na criação de protagonistas de filmes, dando voz a diversidade que existe na nossa sociedade”, completou.

Em post no Instagram (foto), Carlos Segundo disse estar vivendo "uma explosão de felicidade por aqui e o coraçãozinho não sabendo lidar com isso tudo". Agradeceu, ainda, pela confirnça, a Venturini e a toda a equipe. "O Brasil com tudo na Suíça", escreveu, em referêcia ao prêmio de Julia Murat, Leopoardo de Ouro na Competição Internacional com "Regra 34".

Também criticou a falta de apoio para o setor. "Nossa arte resiste e insiste. Onde querem corte seremos sempre plano contínuo", completou.

Ainda na fase de candidatura do filme, Carlos Segundo afirmou que o curta marcava "a consolidação de uma estética muito particular, a construção de narrativas concretas, mas ao mesmo tempo fabulativas e poéticas em torno do universo de personagens ordinários que são conduzidos ao limite do possível e do impossível da vida".

Doutor em cinema pela Unicamp, Carlos Segundo é atualmente docente do curso de Comunicação Social Audiovisual da UFRN. Diretor, fotógrafo, roteirista e montador, realizou mais de 15 obras que, ao todo, circularam em mais de 250 festivais nacionais e internacionais. Coordenador e curador de festivais, mostras e oficinas de formação. É sócio diretor da produtora O Sopro do tempo.Locarno acontece desde 1956 e é considerado um dos quatro mais importantes festivais de cinema do mundo - ao lado de Cannes, Berlim e Veneza.

"Big Bang" é uma produção da Les Valseurs e da Sopro do Tempo. O curta tem distribuição no Brasil pela Casa da Praia Filmes.

Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS

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