Geraldo del`Rey; Glauber Rocha
Uma reflexão sobre sobre os movimentos cinematográficos na atualidade e o filme argentino “Terminal Norte”, disponível no Mubi.
O cinema sempre esteve como uma arte fundamental para pensar o mundo, desde a sua criação nos anos do fim do século XIX. E na história do cinema, temos as definições tanto do lado do capitalismo, com a criação de Hollywood, quanto do socialismo, com o movimento cinematográfico liderado por Sergei Eisenstein e outros russos, no tempo do governo liderado por Lenin. Hoje o cinema não tem mais tanta força, mas a presença da internet não o afastou como arte principal, e me parece que, pelo contrário, a internet o coloca acima.
O que o pensador italiano Umberto Eco disse uma vez sobre a internet foi um jogo fácil de palavras, pois o que vemos é que a internet vem influenciando o mundo de maneira positiva. E no caso do cinema, a internet não só divulga como exibe filmes, e certamente o número de pessoas no mundo de hoje que tem o cinema como ‘a grande arte’ é ainda muito maior. Mesmo assim, a força dos filmes em si mesmos não aumentou. Cada filme feito hoje no mundo é mais tímido em sua dimensão dramática, se fizermos uma comparação com o cinema que foi realizado nos anos 50 ou 60. Não se pode encontrar um movimento que venha de um determinado país. O cinema é feito por cineastas individualmente, e cada um deles procura seus caminhos sem pensar em algo coletivo, como acontecia naqueles anos quando inclusive tivemos aqui no Brasil o movimento chamado Cinema Novo.
Aqui mesmo em Pernambuco se viu um forte desenvolvimento do cinema, mas me parece sem força de conjunto. Cada um cineasta pensa no seu próprio filme, e raramente vemos algo trabalhado pelo conjunto. E certamente não se poderiam encontrar aspectos que marcassem tais e tais filmes como pernambucano. Isso é uma questão da cultura atual no mundo, talvez. Ou não.
por Celso Marconi
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