Com aumento da informalidade e de emprego
sem carteira assinada, ou
seja, sem direitos, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,1% no trimestre móvel de maio a julho de
2022 e atinge 9,9 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, segundo dados da da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad),
divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego é a menor da série histórica desde o
trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%. A população
ocupada chegando a 98,7 milhões de pessoas, o maior nível da série histórica da
pesquisa, em 2012.
O crescimento do emprego, porém, revela um
exército de trabalhadores com ocupação precária, sem direitos
trabalhistas garantidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), como férias, descanso semanal remunerado, 13º salário e Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
São considerados informais os trabalhadores sem
carteira assinada, empregadores e conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores
familiares auxiliares.
. Segundo o IBGE, o número
de trabalhadores informais bateu outro recorde e ficou em
39,3 milhões (39,8% da população ocupada). No trimestre maio a julho, mais 559
mil trabalhadores foram obrigados e recorrer a informalidade para ter alguma
renda.
. O número de empregados sem
carteira assinada também bateu recorde. São 13,1 milhões
de trabalhadores, o maior contingente desde o início da série histórica, em
2012. No trimestre, mais 601 mil trabalhadores foram contratados sem direitos.
. 25,9 milhões estavam trabalhando por
conta própria no trimestre, 326 mil pessoas a mais em relação
ao trimestre anterior.
. a população
desalentada, pessoas que desistiram de procurar trabalho depois
de muito tentar e não conseguir caiu para 4,2 milhões.
. o número de trabalhadores com
carteira de trabalho assinada subiu para 35,8 milhões.
. O nível de ocupação (percentual de pessoas
ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 57%, queda de 1,1 ponto
percentual em relação ao trimestre encerrado em abril.
. O contingente de pessoas ocupadas foi de 98,7
milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012, lembrando que o IBGE
considera ocupação até um bico que a pessoa está fazendo no dia em que é
entrevistada.
Fonte: CUT NACIONAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário