Estudantes
organizam protestos desde o início do mês, quando governo anunciou cortes no
MEC de R$ 2,4 bilhões para desviar ao orçamento secreto. Nesta semana, desvios
forma da ciência.
Estudantes universitários, do ensino médio e da pós-graduação reafirmaram a agenda em defesa da educação e prometem tomar as ruas nesta terça-feira (18)contra o governo de Jair Bolsonaro (PL). A mobilização é motivada pelos sucessivos cortes orçamentários no Ministério da Eduação (MEC) e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que afetam a rede federal com um todo – universidades, institutos de formação profissional e tecnológica e bolsas de pesquisa para estudantes de mestrado e doutorado. E também contra a corrupção no governo, mais visivelmente no MEC.
Bolsolão do MEC: Escândalo de corrupção derruba ministro Milton Ribeiro, o 4º a
cair
Ex-ministro do MEC Milton Ribeiro avalizou propina que
seria levada em pneu de caminhão
Corrupção federal: Governo Bolsonaro autoriza construção de 2
mil ‘escolas fake’
No início do mês, o governo havia anunciado
cortes no MEC da ordem de R$ 2,4 bilhões, com impactos sobre os cofres da rede
capazes de inviabilizar o funcionamento de universidades e institutos. Diante
da forte repercussão negativa, com anúncio de manifestações estudantis
semelhantes ao chamado “Tsunami
da Educação“, travado no início do governo de Jair Bolsonaro (PL),
houve recuo.
No último dia 7 o ministro da
Educação, Victor Godoy, divulgou vídeo anunciando o desbloqueio de
recursos para universidades, institutos federais e a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Semana que vem e dia 18
continuam como dias de Mobilização! Não dá para acreditar na fala desse
governo, até o momento o desbloqueio nas contas não aconteceu e muito menos o
decreto oficializando o desbloqueio!”, disse na ocasião a diretora de Relações
Institucionais da União Nacional dos
Estudantes (UNE), Thaís Falone.
Estudantes vão às ruas contra Bolsonaro também por cortes na
pesquisa
Nesta quinta-feira (13), entidades divulgaram
nota conjunta sobre o desvio de R$ 1,2 bilhão do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o principal do setor, para
pagar despesas de outras pastas do governo federal, deixando importantes
programas e projetos do MCTI e agências financiadoras de pesquisa, como a Finep e o
CNPq à míngua.
Para isso, o governo Bolsonaro editou três
portarias, abrindo espaço no orçamento para os ministérios
da Economia, do Desenvolvimento Regional e do Trabalho e
Previdência. O governo já havia tentado bloquear os recursos do fundo, como em
julho, por meio de um Projeto de Lei do Congresso Nacional 17/22 que abria uma
brecha para o bloqueio e a transferência de mais de R$ 2,5 bilhões. Mas na
votação do Congresso Nacional o trecho foi rejeitado.
Para a Associação Nacional de Pós-Graduandos
(ANPG), “a Ciência e Educação brasileira estão sendo sacrificadas pela
determinação do Governo Federal em continuar com o método de destruição do
sistema de produção do conhecimento e desenvolvimento científico e tecnológico”
Ontem (13), uma comissão da UNE esteve no
campus Santo André da Universidade Federal do ABC (UFABC), onde os estudantes,
a exemplo de outras universidades, também estão mobilizados. “Estamos aqui na
UFABC (Universidade criada pelo Presidente @lulaoficial) e é lindo ver que os estudantes
estão mobilizados para derrotar Bolsonaro inimigo nº 1 da educação. Dia 18
vamos ocupar às ruas de todo Brasil”, disse a presidenta da entidade, Bruna
Brelaz.
Fonte: CUT NACIONAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário