Em reunião realizada no dia 4 de outubro de 2022 a Direção Executiva Nacional da CTB debateu a conjuntura e aprovou a seguinte resolução política:
2- Lula confirmou o seu favoritismo. Conquistou 48,43% dos votos válidos – faltando apenas 1,6% ponto percentual para decidir a parada já no primeiro turno – e teve mais de 6 milhões de votos que o principal rival. Vale ressaltar que Bolsonaro é o primeiro presidente brasileiro a ficar em segundo lugar no primeiro turno;
3- A esquerda ampliou sua representação na Câmara dos Deputados, mas a correlação de forças no Congresso Nacional não sofreu grande alteração e continua adversa à classe trabalhadora, que precisa ampliar a mobilização e a pressão para barrar e reverter o cenário de retrocessos;
5- O pleito também revelou o avanço da extrema direita, especialmente na disputa pelo Senado. A legenda que abrigou o presidente (PL) foi a que mais cresceu e fez o maior número de deputados e senadores;
6- O desempenho dos partidos sugere que o bolsonarismo avançou à custa da desidratação da direita tradicional;
7- É preciso compreender que a polarização política e o avanço da extrema direita não são fenômenos exclusivamente brasileiros. Manifestaram-se recentemente na eleição presidencial da Itália, no plebiscito sobre a Constituição do Chile e em muitos outros acontecimentos. São desdobramentos objetivos das crises geopolítica e econômica que perturbam a ordem capitalista mundial hegemonizada pelos EUA e que ainda parecem longe de um desfecho;
8- Diante deste cenário, a Direção Executiva Nacional da CTB orienta o conjunto da militância classista nos estados a se incorporar de corpo e alma na campanha para eleger Lula em 30 de outubro e derrotar as candidaturas da direita nos estados com segundo turno para governador. Simultaneamente é preciso trabalhar pela construção de uma frente ampla para deter a marcha sinistra da extrema direita e defender a democracia, a soberania nacional, os direitos sociais, as políticas públicas e os trabalhadores e trabalhadoras no serviço público;
9- A eleição do dia 30 é decisiva para o futuro da nação brasileira e deve ser vista como a batalha central do sindicalismo classista ao longo deste mês;
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