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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

UJS e UBM realizam ato Ni Una Menos em São Paulo

A União da Juventude Socialista e a União Brasileira de Mulheres, ao lado do Coletivo Ártemis, organizaram ontem (23), na cidade de São Paulo, o ato Ni Una Menos. A concentração aconteceu no MASP, na Avenida Paulista, e seguiu até a Praça Roosevelt. Em um ponto próximo à Rua Augusta, as manifestantes fizeram um jogral para explicar as pessoas que passavam por ali as pautas abordadas no protesto deste domingo.
O ato aconteceu em repúdio ao assassinato de Lúcia Peres, que aconteceu na cidade de Rosário, Argentina. Lúcia foi estuprada e morta no dia 15 de outubro, pouco depois do Encontro Nacional de Mulheres argentino. Milhares de mulheres estiveram presentes no ato, pronunciaram palavras de ordem e realizaram diversas intervenções em memória da jovem Lúcia Péres. A PEC 241 também foi lembrada pelas manifestantes, que gritaram pela retirada da proposta que visa congelar gastos públicos com educação e saúde por 20 anos.
A dirigente da UJS, Maria das Neves, durante o ato.
A dirigente da UJS, Maria das Neves, durante o ato.

Para Renata Campos, da comunicação da UBM-SP e militante da UJS, “o ato de ontem foi para dar voz a todas que não podem mais gritar, pelo nosso direito de vida, pelo fim da feminicídio e da cultura do estupro. Mais uma vez vemos uma mana sendo brutalmente estuprada e morta, vítima do machismo e do patriarcado, e isso tem nome, é feminicídio. Não vamos nos calar, por Péres, por Cláudia, por todas nós. Machismo mata, feminismo liberta”.
Segundo dados apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo. No ano passado, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres NEGRAS cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.
Manifestantes durante ato na Avenida Paulista
Manifestantes durante ato na Avenida Paulista (Foto: Mídia Ninja)

Em determinado ponto da Avenida Paulista, algumas pessoas com faixas preconceituosas, camisetas do Bolsonaro e faixas apoiando uma eventual “intervenção militar”, agrediram as manifestantes com palavras e tentaram agredir inclusive fisicamente, segundo a advogada Yasmin Neves, 26 anos, que estava na manifestação contra o feminicídio, “Lá no vão do MASP, as meninas estavam fazendo oficina de cartazes. Ao mesmo tempo estava rolando um ato da extrema direita, na frente do parque Trianon. Em algum momento começaram a perceber que estávamos lá, várias mulheres em um ato. E começaram a gritar “Bolsomito 2018”, “Bolsonaro 2018”, teve um cara no microfone que disse que estava sentindo falta de intervenção militar e várias palavras de baixo calão”. Ainda de acordo com Yasmin, “Nesse momento as mulheres começaram a entoar “machistas, fascistas não passarão!” e eles começaram a atravessar a Paulista para nos xingar. Nós não paramos, as meninas que estavam lá no vão foram chegando, fomos ganhando corpo e gritando ainda mais alto “machistas, fascistas não passarão!”. Pareciam não entender que era um ato pelo direito das mulheres, em luto por mais uma mulher assassinada. Em apoio a outras tantas vítimas de estupro. Um ato de união feminina. Mas acredito que aquelas agressões do inicio só nos deram força”.
Como encerramento da atividade, já na Praça Roosevelt, localizada no centro da capital, aconteceu uma aula pública sobre o feminicídio do ponto de vista do Direito Penal.
Fonte: UJS

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