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domingo, 22 de janeiro de 2017

CULTURA POPULAR DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO

Para a formação do povo norte-rio-grandense participaram três etnias: o índio, o português e o negro. A miscigenação étnica e cultural desses três elementos foi o pilar para a composição da população do RN. Na capital a uma grande influência de portugueses e índios. Já a raça negra influenciou nas tradições, nas danças, comidas, celebrações, religiões trazidas da cultura negra.

A influência da diversidade cultural está presente nos eventos populares e no folclore norte-rio-grandense, que vai de procissões a vaquejadas, e de danças típicas como forró, quadrilhas estilizadas e Bumba-meu-boi. Contadores de viola, cordelistas, repentistas, emboladores e grupos de dança que recontam a historia do povo potiguar é a presença mais marcante desta cultura, que é uma das mais ricas do nordeste.

O QUE É A CULTURA POPULAR? X O QUE E CULTURA DE ELITE

O que é a cultura popular? É a cultura do povo. É o resultado de uma interação contínua entre pessoas de determinadas regiões. Nasceu da adaptação do homem ao ambiente onde vive e abrange inúmeras áreas de conhecimento.

O que é cultura de elite? Defini elite como elitismo e segregação, mas ao mesmo tempo, afirmação de um padrão cultural único e tido como o melhor para todos os membros da sociedade.

SURGIMENTO DA CULTURA POPULAR

O termo surgiu no século XIX e começou a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas, um uso que se estabeleceu no período de entre guerras.

LINGUAGEM POPULAR

É notável como a língua se transforma na boca do povo, o povo pega as palavras espreme, retira letras ou sílabas. Outras vezes estira-as, acrescentado letras ou sílabas. As palavras paroxítonas, em particular, sofrem um processo de redução, que as deixa irreconhecíveis, às vezes as pessoas ao invés de reduzir as palavras ampliam o seu tamanho.

RELIGIÃO

A religião predominante é a católica. A religião protestante evangélica também tem destaque aqui no Rio Grande do Norte. O percentual de evangélicos no Brasil é: 6.49% maior que o percentual no RN.

Mas podemos encontrar outras religiões como: espiritismo, umbanda, candomblé, quibanda.

TRADIÇÃO

Transmissão de lendas, fatos, costumes, valores através das gerações.

CELEBRAÇÕES

A semana Santa é uma tradição, que se faz presente na forma de um retiro espiritual, inicia-se ai o período quaresmal, que suas relações eram de valorização a vida. Para uns a tradição continua imutável, mais para a maioria da população desse mundo pós-moderno as demandas são outras, pois o desejo de ter e o de ser falam mais alto.

Em Mossoró, quando vai se aproximando o São João, já é tradição, acontecem vários festejos como: Mossoró Cidade Junina que recebe bandas, quadrilhas, pessoas se deslocam de vários lugares para reverenciar os festejos de Mossoró.

O reisado, ou folia de reis é um espetáculo popular das festas de natal e reis, cujo palco é a praça pública, a rua.

ARTESANATO

Garrafinhas de Tibau: As areias são retiradas das dunas, que estão bem à vista, diante da praia. São areias siltosas, às vezes argilosas, impregnadas de sais de ferro. Encontram-se também areias com minerais pesados (biotita, iemenita, etc.), que são as de cores escuras. Suas variedades de cores são impressionantes, subindo a vinte e cinco tonalidades.

Barcos de santos Reis: Esses barcos são fabricados de papel seda em diversas cores, colado sobre uma armação de palitos de coqueiro. Seu interior, interior tradicionalmente recheado de castanhas, farinha de amendoim e outros produtos semelhantes, hoje transporta uma carga de confeitos.

Rendas de bilro: As rendas de bilro que são utilizadas para adornar enxovais e saídas de banho são como símbolos para o artesanato local. Já se observa o uso de novas técnicas buscando atender as tendências da moda e da arquitetura através da decoração de peças de roupas e de ambientes rústicos.

COMIDAS TÍPICAS

Entre as mais variadas comidas que o povo consome há séculos, no interior do Estado estão aquelas que derivam da atividade pecuária: a carne-de-sol, a paçoca, o queijo de manteiga e de coalho, a coalhada, etc. Também são comuns as comidas preparadas com produtos da terra como a mandioca, milho verde, coco, etc.

Carne-de-sol – É uma base da alimentação do Nordeste, insubstituível e indispensável. Onde a mesma recebe os nomes de: Carne do Ceará, Carne do Sertão, Carne Seca e Carne de Vento, dependendo do Estado nordestino e da região.

Tapioca – Espécie de beiju, feito de goma de mandioca meio seca e cozida em uma vasilha rasa e circular, tomando assim a sua forma. Recebe, às vezes, certa porção de coco ralado, coberta com uma camada fina da mesma goma, revirada para cozer esta parte, e dobrada ao meio, ficando assim com a feição de um semicírculo. São chamadas de tapiocas de coco.

Arroz de Leite - Também conhecido como Arroz da Terra, é uma deliciosa alternativa ao Arroz tradicional na mesa do nordestino.

Doces diversos –(vendidos em latas ou taças) - de banana, caju, de coco, de leite, de mamão.
FESTAS POPULARES

Festas de padroeiro - As festas de padroeiro são uma forte evidência da mescla entre a religião e a cultura popular no Brasil. As de Sant’Ana (Caicó), Santa Luzia (Mossoró), santos Reis (Natal) e Nossa senhora dos navegantes (Areia Branca) são algumas das mais conhecidas do Estado.

Festas Juninas – Santo Antônio, São João e São Pedro, três dos santos católicos mais populares no Nordeste, regem o ciclo festivo que esquenta a região em junho/julho. Coincide com a nossa colheita de grãos. É um dos principais eventos da nossa cultura, celebrado com canjicas, pamonha, forró, quadrilha.

Forró é uma festa popular brasileira, de origem nordestina e é a dança praticada nessas festas, conhecida também por arrasta-pé, bate-chinela, fobó, forrobodó. No forró, vários ritmos musicais daquela região, como baião, a quadrilha, o xaxado, que tem influências holandesas e o xote, que veio de Portugal.

DANÇAS

Araruna - O Araruna, Sociedade de Danças Antigas e Semidesaparecidas, existe em Natal, desde 1956, e representa um repertório coreográfico de danças folclóricas ou folclorizadas.

Coco, Bambelô, Maneiro-Pau - São danças de roda em que não há qualquer enredo dramatizado, das quais o publico pode participar, já que não é exigida uma indumentária padronizada, ao contrário dos autos.

Bandeirinhas - Dança característica do ciclo junino. As pastoras cantam jornadas em louvor a São João Batista.

Espontão - Dança característica da festa dos negros, na região do Seridó, durante a coroação de reis e rainhas, na Festa de Nossa Senhora do Rosário, em Caicó, Parelhas e Jardim do Seridó.

RITOS, LENDAS E CONTOS

Ritos: apresentam nos dias atuais, fórmulas originais, que alcançam as mais diversas classes sociais. Ocorre quando uma criança nasce o pai convida os amigos para "beber o mijo do menino", uma festinha em que a cerveja rola solta.


Lendas: Cada vila ou cidade tem suas próprias histórias que são transformadas em lendas. Transmitidas oralmente e nascidas de uma anedota ou de uma criação imaginária criam uma história de conteúdo sombrio e místico. 

Lendas de Natal: Papa figo, lobisomem, boi-tatá curupira etc.

Contos populares do RN: O principal autor do conto popular é Câmara Cascudo.

Autor de várias histórias como: As três velhas, a festa no céu, viajando o sertão etc.
CORDEL, REPENTISTA, EMBOLADORES

Cordel: Cordel popular nordestino é rico em formas e gêneros. Ele nasceu como uma literatura popular publicada em livros de impressão simples, para serem vendidos em feiras e mercados.

Embolada: Pode ser chamado de coco de embolada, coco-de-improviso ou coco de repente. È uma espécie de arte surgida no nordeste.


Repentista: refere-se um improvisador que debita espontaneamente um poema em forma de repente.

PERSONAGENS DA CULTURA POPULAR

Dona Militana

Militana Salustino do Nascimento, mais conhecida como Dona Militana (São Gomçalo do Amarante,19 de março de 1925 — São Gonçalo do Amarante, 19 de junho de 2010)foi uma cantora de versos brasileira, considerada por muitos a maior romanceira do Brasil.

Boi Bumbá

Todo mundo conhece ou já ouviu falar do boi-bumbá, mas muitos não sabem o que é, qual é a usa lenda. É uma dança folclórica popular brasileira com personagens humanos e animais fantásticos como o boi-bumbá que gira em torno da morte e ressurreição de um boi.
Lobisomem

De acordo com a lenda, um homem foi mordido por um lobo em noite de lua cheia. A partir deste momento, passou a transforma-se em lobisomem em todas as noites em que a Lua apresenta-se nesta fase. Caso o lobisomem morda outra pessoa, a vítima passará pelo mesmo feitiço.

Mula-sem-cabeça

É um personagem do folclore brasileiro. Na maioria dos contos, é uma forma de assombração de uma mulher que foi amaldiçoada por Deus por seus pecados, muitas vezes é dito ser uma concubina que ter feito sexo dentro de uma Igreja com um padre católico, e condenada a se transformar em uma criatura descrita como tendo a forma de um equino sem a cabeça que vomita fogo, galopando pelo campo de entardecer de quinta-feira ao amanhecer de sexta-feira.

Boitatá

De acordo com a lenda, o boitatá protege as matas e florestas das pessoas que provocam queimadas.

Bicho papão

Dizem que o bicho papão é um monstro que persegue as crianças travessas.

O negrinho do pastoreio

Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões.
Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro.

CENTROS CULTURAIS DO RN

Capitania das Artes; Solar Bela vista; Centro de Turismo; Casa da Ribeira; Casas de Cultura Popular; Memorial Câmara Cascudo.

ANÁLISE

Com o advento da tecnologia as culturas são adaptadas ou desapareceram ao longo dos séculos, modelados hoje pela televisão e pelos interesses privados que criam novos hábitos culturais, adaptando o calendário das festas populares ao calendário turístico, como o carnatal ou as festas de São João.

Um problema recorrente é a falta de divulgação dos locais de cultura popular para as pessoas da cidade, muitas pessoas não conhecem sua própria cultura e para os visitantes. O que importa é que o turista venha e conheça. Não se importam em mostrar a nossa cultura e sim o simples comércio.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.

Elizabeth Medeiros Santos

por Elizabeth Medeiros Santos

Elizabeth Medeiros, tenho 24 anos, sou estudante universitária do Curso de Turismo, da Universidade do estado do Rio Grande do Norte - UERN, curso o 8º período e do Curso Técnico de Eventos pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte.

Fonte: Portal Educação

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