O Decreto da presidência da República, publicado ontem (24), autorizando o emprego das forças armadas para a “garantia da lei e
da ordem no Distrito Federal” é um dos maiores retrocessos já visto nesse país
desde a volta de democracia em 1985, feita por um governo envolvido em várias
denúncias e que tenta implementar reformas cuja esmagadora maioria da população
já rejeitou.
Esse ato de força não se enquadra em nenhum modelo de democracia e revela
o viés autoritário de um governo sem voto e que conta com a força da opressão
para calar manifestações que devem ser parte do ritual democrático, cabendo aos
governos encontrarem formas de fazer a gestão de conflitos sem apelar para o
passado.
O ADURN-Sinficato, que nasceu em meio a ditadura, no ano de 1979, não
poderia ficar alheio a esse lamentável ato produzido pela presidência da
república e repudia de forma veemente a utilização das forças armadas para
debelar manifestações públicas, comuns em regimes de natureza inerente à
democracia representativa.
Reiteramos que é necessária uma grande concertação nacional que recoloque
o país de volta aos trilhos da democracia e não será com atos de natureza
autoritária que isso ocorrerá
Diretoria do ADURN-Sindicato
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