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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

MBL promove censura a museu

RodaViva2.jpg
Isso foi quando havia um Movimento Anti-Comunista escondido. Hoje...

Goebbels fez a mesma coisa...

O MBL - Movimento Brasil Livre, os moralistas sem moral que, como o Conversa Afiada já mostrou, receberam dinheiro de organizações da direita norte-americana para apoiar o Golpe no Brasil - fez mais uma.

Em post na sua página no Facebook, o grupo acusou a exposição "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", em cartaz desde o dia 15 de agosto no Santander Cultural, em Porto Alegre, de fazer "apologia à pedofilia e zoofilia".
Sim, o MBL chamou a mostra de arte de "amostra"...

A exposição possui como mote as questões LGBT e combate ao preconceito, através da exibição de obras já consagradas e trabalhos de novos artistas, além de elementos da cultura popular.
Entre os homenageados, estão nomes mundialmente conhecidos, como Alfredo Volpi, Cândido Portinari e Lygia Clark.




Divulgação
O barulho do MBL, com ameaças de boicote ao Banco Santander, que mantém o centro, levaram ao cancelamento da mostra.
"Nos últimos dias, recebemos diversas manifestações críticas sobre a exposição Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira. Pedimos sinceras desculpas a todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra", respondeu o banco, em nota.
Nas redes sociais, muitos artistas compararam a perseguição do MBL aos ataques à "arte degenerada" - termo empregado na Alemanha Nazista para descrever toda manifestação artística considerada ofensiva aos padrões do regime.
Enquadravam-se na "arte degenerada" gênios do século XX, como Van Gogh, Pablo Picasso, Henri Matisse, o gravurista brasileiro Lasar Segall, além de gêneros inteiros, como a pintura modernista, o expressionismo e o jazz.
Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, visita uma exposição de "arte degenerada" em 1937. (Reprodução: Wikimedia Commons)

Artistas também criticaram os ataques do MBL e a decisão do Santander de cancelar a exposição.

"Obras sobre crimes, sobre guerras, sobre violência são apologia para estas coisas? Vai ter boicote ao Museu do Prado que expõe 'O Jardim das delícias terrenas', do Bosch?", questionou Iran Giusti, um dos participantes da exposição.
"O provincianismo do MBL contaminou a direção do Santander", escreveu a jornalista Hildegard Angel em seu perfil no Twitter.
A ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda comparou o episódio aos ataques à peça Roda Viva, proibida pela ditadura militar em 1968. “Ataques violentos por parte de alguns visitantes, além da campanha agressiva nas redes sociais fizeram com que os responsáveis pelo espaço cultural resolvessem fechar a exposição prevista para se estender até outubro. É a intolerância exibindo a sua cara através da força”, disse a ex-ministra em seu perfil no Facebook.
Fonte: Conversa Afiada

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