Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil |
Por Marianne Menezes
Menos
de um mês após a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, a Universidade
Estácio de Sá comunicou a demissão de 1,2 mil professores no último dia 5. A
intenção da instituição é contratar profissionais pelas novas regras, adotando
o sistema de trabalho intermitente.
“Até a Estácio demitir em
massa, a ficha da sociedade sobre a crueldade da Reforma não tinha caído”,
avalia Mário Maturo, diretor do Sindicato dos Professores do Município do Rio
de Janeiro e Região (Sinpro). “O número de desligamentos nunca foi tão alto: só
no Estado do Rio, 450 docentes perderam seus empregos.”
Uma das preocupações de Mário é
a rescisão dos contratos dos docentes. Com as novas regras da reforma
trabalhista, a documentação não precisa mais passar pelo crivo do sindicato.
“Ainda não sabemos se os professores vão identificar possíveis erros na homologação
e correr atrás de seus direitos”, diz. “O sindicato está de portas abertas a
todos envolvidos na demissão feita pela Está- cio e em outras faculdades”.
Em nota, a universidade informa
que “promoveu uma reorganização em sua base de docentes” ao final do segundo
semestre de 2017 e que a mudança “tem como objetivo manter a sustentabilidade
da instituição”.
Fonte: ADUFRJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário