O nosso folclore também pode ser destacado pelas comidas típicas de cada região. No Norte tem o peixe assado e o pato ao tucupi, no Nordeste o acarajé e a carne de sol, no Centro oeste a galinhada e o arroz com pequi, no Sudeste a feijoada e o tutu do feijão, e no Sul o pinhão assado, barreado e o churrasco.
O folclore define muito cada região do país, seja em lendas ou mitos, em danças, na comida, em datas comemorativas, em brincadeiras, ele está presente em todo o nosso território marcando cada região de uma forma diferente.
O folclore também está presente no preparo dos pratos e utensílios usados. “As panelas, frigideiras, caçarolas, têm personalidade distinta. Certos alimentos só podem ser feitos em determinadas vasilhas. Mudando, não dão certo. Quando uma panela queima a comida várias vezes, aveza-se, habitualmente, vicia-se. O remédio é pô-la à parte por imprestável. Só deve mexer uma única pessoa senão desgosta, tira o sabor do acepipe. Mexe-se da direita para a esquerda, primeiro. Depois às avessas. Não se deixa colher dentro da panela nem descansando no bordo para não atrasar, demorando demasiado a fervura”, inúmera o autor, que traz muitos outros ditados.
Arroz carreteiro
O arroz de carreteiro é um prato típico do Rio Grande do Sul que se tornou uma das joias da culinária folclórica do país. A receita nasceu ainda na época em que ambulantes atravessavam a região em suas carretas, puxadas por bois, carregando carne de sol em abundância, uma vez que tal alimento ficava muito bem conservado mesmo durante viagens mais longas. Rápida, fácil de fazer e super nutritiva, a receita logo se tornou figurinha carimbada nos pratos do RS, mas não demorou para conquistar o Brasil inteiro. Anote aí essa receita tradicionalíssima:
Ingredientes
1 quilo de carne seca;
1 colher de sopa de cheiro verde;
1 cebola picada;
2 xícaras de chá de arroz;
6 colheres de sopa de azeite;
2 dentes de alho picados;
Sal a gosto.
Preparo
Na véspera do efetivo preparo do prato, deixe a carne de molho, para dessalgar. Troque a água pelo menos uma vez e cozinhe até que fique macia e pronta para desfiar. Feito isso, frite a carne em uma panela com azeite. Quando ela já estiver dourada, coloque o alho, a cebola e acrescente o arroz. Ponha a água e deixe cozinhar em fogo baixo. Finalize com o cheiro verde e sirva quente. É uma delícia!
Pamonha
A pamonha também é um clássico do folclore nacional. Hoje em dia ela faz sucesso o ano inteiro, mas é no período das festas juninas que brilha ainda mais! Ao contrário do que muitos pensam, a receita é relativamente simples. Veja só e tire suas próprias conclusões:
Ingredientes
12 espigas de milho verde;
1 copo de água;
2 xícaras de chá de açúcar;
1 pitada de sal;
Palhas para embalar.
Preparo
Rale as espigas de milho e bata o milho no liquidificador com água. Depois, em uma vasilha grande, misture com coco e açúcar, mexendo bem. Coloque essa massa na palha de milho, vede e amarre a pamonha. Em uma panela grande, coloque água para ferver. Quando levantar fervura, coloque as pamonhas cuidadosamente para cozinhar. Depois de 40 minutos, tire as pamonhas da água com a ajuda de uma escumadeira. Espere esfriar e pode se deliciar! Se desejar, sirva com queijo ralado e café .
Pé de moleque
O pé de moleque surgiu no século XVI e as histórias por trás desse nome curioso são as mais diversas. Há quem diga que a cor do doce lembra a cor dos calos dos pés dos moleques que corriam na capitania de São Vicente. Outra versão assegura que quando as crianças pediam o doce para as cozinheiras de fazendas, elas respondiam dizendo: pede, moleque! Não se sabe qual é o verdadeiro fundamento do nome, mas a receita se sabe muito bem. E é muito fácil. Venha ver:
Ingredientes
1 lata de leite condensado;
2 xícaras de chá de açúcar;
3 xícaras de chá de amendoim sem pele torrado.
Preparo
Caramelize o açúcar tomando cuidado para que ele não queime nem cristalize. Com calma, acrescente o leite condensando e adicione o amendoim, mexendo até a mistura se desprender da panela. Unte uma bancada ou assadeira grande, despeje o pé de moleque quente ali, espere esfriar e corte no formato que desejar. Simples assim!
Pão de queijo
Essa delícia tipicamente mineira existe desde o século XVIII, mas se tornou popular mesmo lá pelas idas de 1950. O preparo é fácil, mas envolve muitos detalhes e etapas. Então atenção:
Ingredientes
500 gramas de polvilho doce;
300 mililitros de leite;
150 mililitros de óleo;
3 ovos pequenos;
Sal a gosto;
500 gramas de queijo meia cura ralado;
Quanto baste de óleo para untar.
Preparo
Coloque o polvilho em um bowl grande. Aqueça uma panela à parte e misture o leite, o óleo e o sal. Quando essa mistura ferver, escalde o polvilho e mexa bem. Espere esfriar e acrescente os ovos. Vá adicionando o queijo e sovando a massa. Unte as mãos, enrole os bolinhos e leve para assar em uma forma antiaderente ou untada. O forno deve estar pré-aquecido a 180º C.
Bolo de mandioca
Outro costume tradicional dos brasileiros é usar a mandioca, cozida das mais diversas formas, no preparo de refeições. Isso inclui a farinha, a tapioca e o delicioso bolo de aipim. Docinha e cor ares de sobremesa, essa iguaria típica não poderia ficar de fora da nossa seleção de receitas do folclore. Espie:
Ingredientes
1 quilo de mandioca;
3 xícaras de chá de açúcar;
100 gramas de manteiga;
1 pacote de coco ralado;
200 mililitros de leite de coco;
1 pitada de sal;
3 ovos;
1 xícara de chá de leite.
Preparo
Descasque a mandioca, lave bem e rale usando o lado grosso do ralador. No liquidificador, bata o leite, o aipim, os ovos, a manteiga e o leite de coco durante 1 minutinho. Adicione o açúcar, o coco e o sal, batendo mais um pouco. Coloque a massa em uma forma untada e leve para assar por aproximadamente 35 minutos. E, acredite ou não, está prontinho!
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