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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

UNE lança campanha Bolsonaro Não! ontem quarta-feira (1)

Para entidade soluções à crise que vivemos passam pelo aprofundamento da democracia e não pelo retorno de ditaduras e do conservadorismo
Para os estudantes brasileiros as eleições de 2018 serão uma batalha decisiva para eleger um projeto de nação que tenha diálogo com o povo e esteja aliado com uma educação emancipadora e laica.
Preocupados com o crescimento de ideias radicais e conservadoras que frente a crise tem ganhado expressiva parte da população, em especial a juventude – como projeto Escola Sem Partido, ou o rechaço a políticas de igualdade de gênero, raça ou orientação sexual nas escolas e universidades- a UNE está lançando uma campanha contra o candidato a presidência da República Jair Bolsonaro, do PSL.
“A UNE por todo o seu histórico de luta não pode tolerar um candidato que exalta regimes autoritários e torturadores, que compactua com pedidos de intervenção militar, e ridiculariza os direitos humanos. Estamos dando o primeiro toque nessa bola, que deve ser tocada pela rede do movimento estudantil como DCEs, UEEs, Executivas de curso, e se alastrar para outras organizações da sociedade civil”, destacou a presidenta da UNE, Marianna Dias.
A campanha Bolsonaro Não será divulgada no site e nas redes da UNE e deve ainda promover alguns eventos em conjunto com entidades dos movimentos sociais.
A UNE quer dessa forma contribuir com ferramentas que organizem a sociedade e aglutinem as forças progressistas para enfrentar a ameaça de retrocesso ainda maior que representa o candidato do PSL.

POR QUE “BOLSONARO NÃO”?

Para a entidade que representa mais de 8 milhões de estudantes, dizer não ao Bolsonaro é ressaltar que as soluções à crise que vivemos passam pelo aprofundamento da democracia e não pelo retorno de ditaduras.
“É dizer que não aceitamos que mulheres recebam menos que homens pela mesma função. É dizer que não pode ser normal deputados que, com o discurso da moral e anticorrupção, se beneficiem por mais de 30 anos de mandatos sem qualquer produção legislativa relevante. É dizer que a diversidade brasileira é força constituinte de nosso povo e não pode sofrer ataques. É dizer que mulher alguma merece ser estuprada. É dizer não a um projeto que enfrenta a violência com mais violência”, destaca o documento aprovado por estudantes de todo o Brasil no 66º Coneg da UNE.
A UNE argumenta ainda que apesar de se dizer patriota, na verdade Bolsonaro recorre a velhas práticas entreguistas que colocam o Brasil na dependência das grandes potências mundiais.
“Sabemos que as pessoas estão descrentes na política, mas queremos conscientizar principalmente os jovens, que não existem saídas rápidas ou ‘salvadores da pátria’ para a recessão que estamos passando ou mesmo para a corrupção que assola esse país. É preciso cobrar transparência do governo, ter vigilância da sociedade e investimento em educação”, explicou Marianna.
De acordo com o TSE, o Brasil tem quase 23 milhões de eleitores de 16 a 24 anos que podem fazer diferença no resultado do pleito eleitoral do próximo 7 de Outubro.
“A juventude é uma das parcelas da população mais vulnerável e que mais tem sofrido com a violência nesse país, por exemplo. Queremos mostrar que a intervenção militar ou o armamento da população, práticas defendidas por Bolsonaro, não vão colocar o Brasil nos eixos ou manter as pessoas a salvo, muito pelo contrário”, disse ainda a presidenta da UNE.
Fonte: UNE
Adaptação: CPC/RN

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