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domingo, 16 de setembro de 2018

CONHEÇAM A HISTÓRIA E LUTA DOS MALÊS! Revolta dos Malês

Fonte: tarcivan.com

Revolta dos Malês foi uma revolta do período regencial. Aconteceu na noite de 24 para 25 de fevereiro de 1835, em Salvador, na Bahia. Foi uma revolta que se destacou no período por ter motivação religiosa, tendo sido levada a cabo por escravos de religião islâmica, os chamados malês, que diferiam dos escravos tradicionalmente trazidos ao Brasil, que possuáim muitas vezes, diferentes religiões próprias.

Esses escravos tinham como objetivo a libertação de todos os escravos de religião islâmica, a garantia da liberdade de culto e eram, em sua maioria, das etnias hauçá, igbomina e picapó. Suas ações foram baseadas em experiências de combate que trouxeram da África e visavam aplicar num momento propício.
Os revoltosos propunham o fim do catolicismo, o assassinato e o confisco de bens de todos os brancos e mestiços, a implantação de uma monarquia islâmica no Brasil, bem como defendiam também a escravização ou assassinato dos não islâmicos.

O plano dos revoltosos era sair do bairro da Vitória e se dirigir a Itapagibe, conquistando as terras e matando os brancos no trajeto. O objetivo era reunir-se com outros revoltosos e tomar o governo.
Buscavam também divulgar a religião e tomar pra si “direitos” que acreditavam ter, por motivos religiosos. Em seguida, haveria a invasão dos engenhos e libertação dos escravos muçulmanos.

O movimento foi delatado prontamente por alguém cuja identidade as pesqusias ainda não confirmaram. Essa delação foi feita a um Juiz de Paz de Salvador. Avisadas, as autoridades enviaram forças para sufocar a revolta. Os Revoltosos foram então cercados em Água dos Meninos, ainda no caminho para Itapagipe. As forças do governo eram superiores em número e armamento, o que fez com que os revoltosos não tivessem chances.

Ocorreram então violentos confrontos e a morte de 70 escravos revoltosos e 7 soldados. Também foram feitos 200 presos, que foram julgados e condenados a penas variadas, como açoites, morte ou envio de volta à África. O objetivo era coibir qualquer nova iniciativa de revolta.

Na busca pelas motivações da revolta, foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas. Isto despertou nas autoridades o temor de que outras revoltas do tipo ocorressem em solo brasileiro, motivadas por islâmicos. Para prevenir-se desse perigo, foram criadas medidas como a proibição de circulação de muçulmanos no período da noite e da prática de cerimônias da religião islâmica.

A Revolta do Malês, portanto, se insere no contexto das revoltas sociais do Brasil Imperial, demonstrando a insatisfação do povo com a situação política e econômica e, no caso específico, a perseguição e falta de liberdade religiosa no Brasil durante o Império.

Bibliografia:

FREITAS, Décio. A Revolução dos Malês. Porto Alegre: Movimento, 1985. 106p. il.
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/rev_males.html
Arquivado em: Brasil Imperial
A Revolta dos Malês foi um levante de escravos na cidade de Salvador, capital da Bahia, que aconteceu na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835. Foi a revolta de maior importância do estado. O movimento ganhou este nome devido aos negros de origem islâmica que organizaram o levante. Wikipédia
Datajaneiro de 1835
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A Revolta dos Malês teve seu ápice na noite de 24 de janeiro de 1835 na cidade de Salvador-Bahia. Após uma silenciosa e eficaz organização,  protagonizada por negros e negras  pertencentes ao Islamismo,  estima-se que contou com a participação de cerca de mil "malês".

O termo "malê" tem origem na palavra imalê e significa "muçulmano" no idioma Iorubá. Também conhecidos como "nagôs", costumavam registrar grande parte dos acontecimentos e transmitiam bilhetes como estratégia de organizar as reuniões e divisão das tarefas, geralmente registrado na lingua àrabe.
A noite de 24 de janeiro foi escolhida devido ao esvaziamento do centro da cidade, motivado pelos festejos na Igreja do Nosso Senhor do Bonfim. Com isso,  haveria o esvaziamento do centro da cidade, o que facilitaria a dominação. 

Luisa Mahin, Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim são as principais lideranças que elaboraram um plano de luta contra o sistema racista da época. Os principais objetivos consistiam em soltar negros escravizados e conseguir liberdade religiosa. A batalha ocorreu no centro de Salvador com os malês atacando subitamente uma patrulha do exército. Porém, uma denúncia "anônima" alertou a polícia sobre os planos revolucionários que emergiram naquela noite. 

 Ilustração de Maurício Pestana - Revista do Olodum

Sempre que falamos sobre a Revolta dos negros e negras Malês nos sentimos mais vivxs e orgulhosxs por essa vitoriosa experiência insuflada na primeira capital brasileira em 1835. Fomos e somos vitoriosxs pois estava em jogo, não só a nossa liberdade, mas a oportunidade de exercitar valores que carregamos até hoje como a 'memória', e o 'cooperativismo'; 

Fomos e somos vitoriosoxs por utilizarmos as armas e estratégias que dispúnhamos,  contra um sistema racista e opressor que negava as nossas religiões, as nossas culturas, negavam a nossa existência como humanos.  Nada disso nos paralisou e fomos pra luta, sem temer o combate;

Fomos e somos vitoriosxs  por instaurar o 'medo' na elite dominante. Afinal, éramos vistos como coisas/mercadorias e passaram a nos enxergar como povos capazes de reivindicar direitos e de unirem - se em torno de uma causa.

Dessa exitosa experiência, herdamos a ousadia de sonhar e a vontade de ir em busca daquilo que é nosso. 
Hoje,  agradecemos às essas mulheres e homens que mostraram ao mundo o que somos capazes.
Temos 1835 motivos para sorrir, embora ainda tenhamos muito a conquistar! 

Revolta dxs Malês, coisa de preto para o Brasil e para o Mundo.

Texto de George Oliveira - ex-aluno, hoje Gestor Administrativo da instituição, Economista e Mestre em Desenvolvimento e Gestão Social (UFBA).

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