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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Manifesto pelo comum: um documento para inspirar candidaturas e ativistas

Georgia Nicolau e João Brant no lançamento do manifesto (Foto: Divulgação)

Lançado pelo Instituto Procomum, documento propõe estratégias e táticas coletivas para conquistar mais espaço para o comum na sociedade atual

O manifesto Juntxs pelo comum, lançado nesta terça-feira (4), pelo Instituto Procomum, traz uma proposta inovadora para enfrentar o período de crise atual, de pós-impeachment e retrocessos. Num momento de disputa eleitoral, a iniciativa busca ainda contribuir para que candidaturas do campo progressista, principalmente aquelas de ativistas e militantes, tenham um norte caso venham a ocupar um lugar no parlamento. A proposta é baseada no conceito do comum.
“O comum, mais do que um modelo formal, é um arranjo e um processo pelo qual se garante a gestão e organização de bens por uma comunidade ou pelo conjunto da sociedade. No comum, a posse é coletiva, assim como a gestão e governança desses bens e espaços”, diz trecho do manifesto, que está disponível aqui para ser lido e comentado.
Segundo Georgia Nicolau, diretora do instituto, a pauta do comum tem a ver com “expandir os limites do possível”. Pode inspirar o futuro que queremos construir, trazendo uma dimensão utópica de organização da sociedade em outras bases. Ao mesmo tempo, há inúmeros movimentos sociais, coletivos, produtores culturais, famílias sem-teto, cooperativas que desafiam a lógica excludente e privatista da sociedade atual e aplicam no cotidiano práticas do comum, como a autogestão, a colaboração e o bem-viver.
“O comum não prega o Estado mínimo, é o oposto, é desafiar o Estado a sair desse papel de violador e a projetar novos imaginários, inclusive daquele que promove o comum. Onde a gente coproduz um sistema, não somos só usuários”, esclarece Georgia.
De acordo com João Brant, ativista, doutor em ciência política e coordenador do documento, “muitas vezes pessoas oprimidas, de baixo, estão buscando outras maneiras de se relacionar e trocar, se entregando com enorme disposição de luta”.
Brant explica que o documento não nega o papel do Estado e reafirma como algo fundamental. “Mas partimos da constatação de que esse Estado é uma abstração. A gente imagina e projeta algo que não se realiza.”
O manifesto chega no período eleitoral, que para ele, “por um lado convida para sonharmos, mas tem necessidades imediatas e lutas ferozes que precisam ser feitas, e as discussões estratégicas acabam sendo escanteadas”.
“Nosso papel é fazer a provocação. O comum é tão forte e potente que pode ser um horizonte compartilhado entre nós. Ao mesmo tempo em que as eleições permitem debater o concreto, que a gente possa ter um compromisso de que este debate mais estratégico possa ser pauta de quem vai estar em Brasília ou nos palácios, que funcionam como máquinas pouco criativas. Não esqueçam dos nossos sonhos, das nossas utopias”, finaliza Brant.
Fonte: REVISTA FÓRUM

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