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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Ele não defende a educação: 5 motivos


Educação a distância para crianças, ensino superior para poucos e junção de ministérios - conheça as ideias dele para a escola pública.

Nem todo mundo sabe quais propostas estão em jogo nesta eleição presidencial de 28 de outubro, principalmente porque um dos candidatos prefere disseminar notícias falsas via WhatsApp do que participar de debates de ideias.
No plano de governo e em falas, ele sugere educação a distância inclusive para crianças do ensino fundamental, do 1º ao 9º ano. Tanto que o nome mais cogitado para o ministério da Educação, da Cultura e do Esporte é o do vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância, Stavros Xanthopoylos. E sim, ele pretende unir os três ministérios.
Veja estes e outros problemas das ideias do capitão reformado para a educação brasileira:

 1) Ele não apoia criança na escola e prefere educação a distância

Ele defende Educação a Distância para todos os níveis do ensino, inclusive ensino fundamental, e seu plano de governo indica esta solução, principalmente para áreas rurais. Como os pais ou responsáveis vão poder trabalhar e fazer suas atividades com os filhos em casa o dia todo?
O convívio é essencial para aprendizagens de crianças e jovens. Educação a Distância é apenas um projeto de esvaziamento e economia com a escola pública não recomendado por nenhuma lei para a área.
Por exemplo, o Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014) exige que o governo assegure a todos estudantes do campo transporte gratuito até a escola e, a todas as escolas do país, presença de energia elétrica, esgotamento e bens culturais.
Mas ele é tão ligado aos interesses da educação a distância que o nome cogitado para o Ministério da Educação, Cultura e Esporte é justamente do vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância, Stavros Xanthopoylos.

2) Ele não defende verba para a escola pública

Para começar, ele quer unir o Ministério da Educação com Cultura e Esporte.
No plano de governo, não se compromete a financiar a educação e afirma que o governo federal não colocará um centavo a mais no ensino público. Com as verbas de hoje, o Brasil investe por aluno APENAS METADE do valor dos países desenvolvidos, incluindo países citados por ele como modelo, como Coreia do Sul e Estados Unidos:
Dessa forma, é IMPOSSÍVEL corrigir problemas estruturais graves da escola pública, pois hoje apenas 4,5% possuem estrutura completa, como quadra, laboratório e saneamento:
É preciso MAIS investimento para cumprir esta e outras metas do Plano Nacional de Educação, como ampliação de vagas em creches, equiparação do salário do professor a outras profissões de nível superior, aumento de oferta de período integral, erradicação do analfabetismo.
Ele gosta de falar em falsos problemas, como ideologias e erotização precoce, talvez porque desconheça, ignore e não tenha planos para os PROBLEMAS REAIS da escola pública.

3) Ele é contra a formação de cidadãos

Ele costuma dizer, sempre que tem oportunidade, que a juventude não deve desenvolver senso crítico na escola, nem aprender a pensar ou questionar. Na sua visão, tudo isso é bobagem e a escola deve servir apenas para passar conteúdos. “Ninguém quer saber de jovem com senso crítico”, disse, em atividade de campanha.
Já a Constituição Brasileira descreve educação como direito que visa não só a “qualificação para o trabalho”, mas também “o pleno desenvolvimento da pessoa” e “seu preparo para o exercício da cidadania”.
Exercer cidadania é saber reivindicar direitos, colocar opiniões e participar da democracia. Por que será que ele não quer que isso seja aprendido na escola?

4) Ele não defende os professores

Causa revolta a falta de menção nos planos de Bolsonaro pela melhora dos ganhos dos professores. Ele é contra o aumento da verba para a área da educação e, no plano de governo, não se compromete com melhorar o investimento para a área, pelo contrário: diz que não serão alterados.
Hoje, professores das redes públicas ganham 25% menos do que outros profissionais assalariados com o mesmo nível de ensino. O cálculo é do próprio Ministério da Educação, feito este ano
A cada quatro professores brasileiros do ensino básico, um faz “bicos” para complementar a renda.
O salário de professores nunca foi tema de críticas dele, que prefere criar problemas fantasiosos para a educação, como livros eróticos que nunca existiram e uma suposta “doutrinação” que, se fosse real nas escolas brasileiras, não teria permitido que estivesse no segundo turno das eleições
Para o general da reserva Aléssio Ribeira Souto, que faz parte do grupo de Bolsonaro para definir políticas da educação, o salário não é prioridade. “Há outras questões antes do salário. O salário é o quinto ou sexto ponto”, disse, em entrevista.
Equiparar o rendimento de professores em relação aos demais profissionais é uma das 20 metas do Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014), jamais citado por ele.

5) Ele não quer ensino superior para todos

Em entrevista a um canal de TV, ele chamou o sonho de muitos brasileiros em cursar uma universidade como “TARA por ensino superior”, algo que “não pode existir”:
O ensino superior público deve ser plural e acessível para quem optar por ele, independente da classe social. Não se pode aceitar que apenas uma classe social tenha acesso à formação intelectual e outra seja levada a se formar como mão de obra.
Ele também já afirmou ser contra as cotas raciais, que reparam uma dívida histórica e colaboraram para o acesso de mais de 150 mil negros e negras ao ensino superior. Ele pode não ter escravizado ninguém, como afirmou, mas, se os bisavós de outras pessoas foram escravizados, as famílias nunca partiram de condições iguais:
Depois de mais de 15 anos desde as primeiras experiências de ações afirmativas no ensino superior, o percentual de negros e pardos que concluíram a graduação cresceu de 2,2%, em 2000, para 9,3% em 2017.
Fonte: UBES

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