Temer coleciona um total de nove pesadelos: três denúncias, um inquérito já instaurado e cinco inquéritos por instaurar.
A coluna de Josias de Souza deste domingo (23) informa que Michel Temer avalia que deve ser preso após deixar o Planalto. Seus interlocutores concordaram que o risco é real e o aconselharam a passar uma temporada no exterior, talvez Portugal, onde tem amigos. Discutiu-se a ideia de dar aulas na universidade de Coimbra. Temer refugou o conselho.
Ele descartou também a hipótese de tentar a indicação para uma embaixada, o que lhe garantiria a manutenção do escudo do foro privilegiado.
O blog de Josias apurou ainda que, ao explicar aos auxiliares por que excluiu do seu baralho a carta da saída via aeroporto internacional, Temer soou categórico: “Vão dizer que estou fugindo. E eu não vou fugir, vou enfrentar”, disse.
E Temer tem mesmo com o que se preocupar. A procuradora-geral da República Raquel Dodge acusou-o de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso envolve esquema no setor de portos, com desvios estimados em R$ 32,6 milhões entre agosto de 2016 e junho de 2017.
Mas, tem mais. Outras duas denúncias formuladas pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot a partir das delações do grupo JBS congeladas pela Câmara no ano passado, serão retiradas do freezer.
Um outro caso ainda envolve repasse de R$ 10 milhões do departamento de propinas da Odebrecht para Temer e seu grupo político.
Raquel Dodge requereu ainda a abertura de cinco inquéritos novos. São filhotes da investigação sobre portos. Ou seja, Temer coleciona um total de nove pesadelos: três denúncias, um inquérito já instaurado e cinco inquéritos por instaurar que, diante do fim do foro privilegiado, devem descer do Supremo Tribunal Federal para a primeira instância do Judiciário.
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