Quentão é uma palavra de origem caipira, como o folclorista Amadeo Amaral em”O
Dialeto Caipira”refere como uma das mais tradicionais bebidas servidas
durante as quermesses e festas juninas no Brasil. É relacionada às
noites frias das festas, principalmente nos estados de São Paulo e
Paraná.
Consiste originalmente em uma mistura aquecida de aguardente, gengibre,açúcar e especiarias
Outra bebida popular, tipica também caipira e quase uma variação do
quentão é o vinho quente. Este amplamente consumido nas festas do sul do
Brasil.
Curiosidades:
Entre 1532 e 1548, os primeiros colonizadores descobriram o vinho da cana-de-açúcar. No séc.XVI, a cachaça já era moeda corrente para compra de escravos na África. Incomodada com a queda do comércio da Bagaceira e do vinho portugueses na colônia e alegando que a bebida brasileira prejudica a retirada do ouro das minas, a Corte proíbe várias vezes a produção, comercialização e até o consumo da Cachaça. Sem resultados, a Metrópole portuguesa resolve taxar o destilado. Em 1756 a Aguardente de Cana de Açúcar foi um dos gêneros que mais contribuíram com impostos voltados para a reconstrução de Lisboa, abatida por um grande terremoto em 1755.
Para a Cachaça são criados vários impostos conhecidos como subsídios,
como o “literário”, para manter as faculdades da Côrte. Como símbolo
dos Ideais de Liberdade, a Cachaça percorre as bocas dos Inconfidentes e
da população que apoia a Conjuração Mineira. A Aguardente da Terra se
transforma no símbolo de resistência à dominação portuguesa (daí a nossa
cachaça se chamar “10 vidas”, em homenagem à Tiradentes).
Com o passar dos tempos melhoram as técnicas de produção. A Cachaça é
apreciada por todos. É consumida em banquetes palacianos e misturada ao
gengibre e outros ingredientes, nas festas religiosas portuguesas – o
famoso Quentão.
CACHAÇA “10 VIDAS” (da FAZENDA GOVÊRNO)… BULA E MODO DE USAR:
A cachaça amarela é pra ser tomada pura e resfriada (de preferência em torno de 16 graus). Um néctar dos deuses!
Os especialistas dizem que está entre as melhores do Brasil.
Com a branca, faça o seguinte:
Feche os olhos, vista uma roupa de época, prepare o seu Quentão e finja que está na Côrte.
Depois de alguns goles, a mágica realmente funciona!
Feche os olhos, vista uma roupa de época, prepare o seu Quentão e finja que está na Côrte.
Depois de alguns goles, a mágica realmente funciona!
A receita apresentada a seguir é da região de Botucatu – SP, da família Antunes Ribeiro.
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Ingredientes
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• 1 pedaço de gengibre pequeno
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• suco de 2 limões
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• 1 litro de pinga
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• 2 colheres (sopa) de mel
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• 4 cravos
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• canela em pau a gosto• 1½ xícara (chá) de açúcar
Preparo
Raspe e pique o gengibre em pedaços pequenos, coloque numa panela
grande, junte 2 litros de água, o açúcar, a canela, os cravos, o mel e o
suco de limão. Deixe ferver por 15 minutos em fogo alto. Retire e coe a
mistura. Volte a calda parara a panela junto com a canela e despeje a
pinga. Deixe ferver por mais 5 minutos. Sirva em seguida, mantendo o
quentão sempre em local aquecido e em recipiente tampado. Se preferir um
quentão mais fraco, reduza a quantidade de pinga.
Festa junina que se preze tem comida, daquelas bem quentinhas como
bolo de fubá, quentão, vinho quente, milho verde e muito mais.
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