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sexta-feira, 12 de julho de 2019

10 importantes pintores Potiguares que você precisa conhecer [com bônus] - Por HENRIQUE ARAÚJO

Vamos falar de arte? Conheça as obras destes talentosos artistas potiguares e desbloqueie um novo nível de cultura na sua vida

1º Thomé Filgueira

Thomé é um dos artistas plásticos mais relevantes do Rio Grande do Norte. Ele nasceu em Natal e fez várias exposições nos Estados Unidos na década de 1960.
Integrante da segunda geração de modernistas no estado, ao lado de figuras como Newton Navarro e Dorian Gray, ele criou uma linguagem própria dentro das artes visuais do Rio Grande do Norte.
Sua maior referência artística foi o impressionismo francês, que dividiu espaço com o realismo e o expressionismo abstrato que ele trouxe na bagagem após morar uma temporada nos EUA, no final dos anos 1950.

2º Assis Marinho

Obra de Assis Marinho retratando a atividade pesqueira
Assis nasceu na Paraíba, mas veio ainda criança para o Rio Grande do Norte com a família, para fugir das mazelas provocadas pela seca. Não frequentou escola de pintura, mas a arte estava em sua veia. Seu pai, Walfredo Marinho, fazia santos de madeira e barro (santeiro profissional) e tocava sanfona.
Seus quadros são em giz de cera, aquarela ou óleo, reproduzindo imagens barrocas, lembranças dos anos vivenciando as secas pelo sertão do Seridó. Nas pinturas, agricultores são retratados em momentos de trabalho e religiosidade.
Marinho ganhou alguns prêmios em sua carreira, realizou várias exposições, individuais e coletivas, mas prefere vender seus quadros pessoalmente.

3º Vatenor de Oliveira

Obra integrante da “Caju para todo lado” de Vatenor Oliveira
Vatenor nasceu em Natal em 1953. Sua obra é caracterizada pela pintura de cajus e cajueiros típicos da vegetação nativa potiguar, sendo frequentemente citado como “o pintor dos cajus”.
Ele se descobriu artisticamente em 1974, no Rio de Janeiro, onde morou por 26 anos e pôde conviver com a grande efervescência artística manifestada nas décadas de 70 e 80. Entre os anos de 1986 a 1988 ele morou em Nova York, participando de exposições coletivas e individuais. Participou de 35 exposições individuais no Brasil e no exterior.
No final dos anos 80, viajou a Paris para realizar uma exposição na Galeria Debret, depois voltou a Natal acreditando que aqui poderia contribuir para o universo das artes plásticas.
Se você não entende porque ele repete tanto o tema “caju”, o jornalista Nelson Patriota fez referência, em 1996, ao trabalho do potiguar criado às margens do rio Potengi com uma declaração de amor à natureza e um pedido de socorro. “A luta pelo verde pressupõe o direito de apreciar o ambiente a ele indispensável. A pintura de Vatenor tem, assim, teor de um vaticínio severo: se negligenciarmos com o verde (vale dizer, com as dunas, os mares, as florestas, fauna e flora juntas), legaremos às gerações futuras uma paisagem mais próxima do mundo empoeirado e sufocante de ‘Blade Runner’ do que dos cajueiros e de sua brisa suave que sopra das telas de Vatenor”.

4º Novenil Barros

Obra: “A Árvore” (Novenil Barros)
Novenil Barros começou a experimentar as artes plásticas aos 13, 14 anos, e não parou mais. Natural de Ceará Mirim, começou a expor em Natal no fim da década de 1970. “Em 1978 fiz minha primeira exposição individual na Livraria Encontro, na avenida Rio Branco. Na época, era a única livraria da cidade que abrigava uma galeria de arte”, lembra o pintor em entrevista à Tribuna do Norte.
Na segunda metade da década de 1980, Novenil embarca para o Rio de Janeiro, onde começou a se envolver com o movimento ambiental durante a Eco-92, e a convite do artista plástico Bené Fonteles participou do movimento de artistas pela natureza. Essa veia ambiental veio à tona anos antes, em 1984, quando montou a exposição “Eco-Prismático”: “Sobre essa exposição, recordo de uma matéria de Marize Castro registrando o acontecimento. Disse que era a primeira vez que alguém unia arte e meio ambiente em Natal.”disse o artista a TN.

5º Flávio Freitas

Obra de Flávio Freitas retratando o fundo do mar na praia de Ponta Negra
Flávio Freitas é um artista brasileiro, potiguar, com formação em arquitetura e música. Ele figura entre os mais premiados do Rio Grande do Norte. Nascido em 1961, ativo como artista a partir 1982 atua profissionalmente desde 1998 com ateliê instalado no bairro histórico da Ribeira em Natal.
O Ateliê Flávio Freitas está instalado na Avenida Duque de Caxias, número 182, esquina com a travessa José Alexandre Garcia, bairro inserido na área de patrimônio histórico nacional.
Inaugurado no ano de 2005 em prédio de dois andares, exemplar típico da arquitetura art-decó no Rio Grande do Norte de construção estimada no ano de 1939. O prédio encontra-se cuidadosamente preservado pelo artista.

6º Francisco Iran

Obra de Francisco Iran possivelmente retratando a festa de Nossa Senhora da Apresentação em Natal
Francisco Iran é um artista autodidata natural de Currais Novos. Fiel ao estilo figurativo, Iran Dantas expõe seus trabalhos em Natal desde a década de 1980 e só em novembro de 2009 ultrapassou a fronteira do Rio Grande do Norte com seus trabalhos. Sua arte ingênua, o quadro estilo “Naïf” chamado “Escola Estadual Djalma Maranhão”, foi escolhida pelo senador Garibaldi Alves Filho para representar o Estado durante a quinta edição da expo “Artistas Brasileiros (Novos Talentos – Pinturas)”. Realizada anualmente em Brasília, pelo Programa Senado Cultural, a mostra reúne artistas novatos de todo o país, indicados por cada senador(a).
Foi onde conheceu Diva Pavesí, uma brasileira radicada na França, atual embaixadora da Paz Universal e curadora do museu do Louvre, em Paris. Diva ficou encantada com a obra do artista. A convite da curadora, que viaja o mundo caçando talentos, Francisco embarcou para a França, em maio de 2011. Lá, ele seria condecorado em uma exposição de arte brasileira, chamada Universo do Rio Grande do Norte.
A principal característica da arte Naïf de Iran é a espontaneidade. Também conhecida como arte ingênua ou primitiva, artistas deste estilo produzem suas obras sem orientação acadêmica ou influências de outros estilos, como o modernismo e arte popular. Esse isolamento situa o Naïf numa faixa próxima à da arte infantil, sem que, no entanto, se confunda com ela.

7º Abraham Palatnik

Objeto Cinetico 2006-2018 feito em madeira, formica, metal, acrilico, imãs e motor. Foto: Pat Kilgore / Divulgação/Pat Kilgore. Via: O Globo
Abraham Palatnik é um artista plástico natalense, pioneiro em arte cinética no Brasil, com obras expostas em várias partes do mundo. Isso porque suas obras contêm instalações elétricas que criam movimentos e jogos de luzes.
De família judia de origem russa, estudou pintura, desenho, história e filosofia da arte na mesma época em que fazia um curso de motores a explosão na antiga Palestina, atual Israel.
De volta ao Brasil, em 1948, integrou o primeiro núcleo de artistas abstratos do Rio de Janeiro. No ano seguinte, iniciou suas pesquisas no campo da luz e do movimento, responsáveis por seu reconhecimento como um dos pioneiros da Arte cinética, após a menção especial do júri internacional, na I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.
Integrou o Grupo Frente, aproximando-se da poética visual dos concretos e neoconcretos. Desde então, vem desenvolvendo um trabalho que une pesquisa visual e rigor matemático. Suas obras integram coleções particulares em importantes museus europeus e norte-americanos.
Atualmente vive e trabalha no Rio de Janeiro.

8º Leopoldo Nelson

Tela do pintor potiguar Leopoldo Nelson
Pintor, desenhista, poeta, médico, pesquisador, professor da UFRN. Fez mestrado em Fisiologia em Curitiba e defendeu Doutorado em Neurologia no Hospital de La Santa Cruz y San Pablo, na Universidade Autônoma de Barcelona- Espanha.
Nasceu em 25 de outubro de 1940 em Natal.
Leopoldo começou a pintar em 1961, teve várias fases e sofreu a influência direta da pintura de Rembrant, Zurbaram, El Grego, Goya, Bosch, Brueghel, Van Gogh e Modigliani. E também de James Ensor.
Ele pintou 15 telas que compõem a “Via Sacra”, inspiradas no Evangelho de São Mateus, que foi comprada pelo Governo do Estado na década de 70, no governo de Cortez Pereira. Depois as obras foram doadas à Arquidiocese de Natal e cerca de mais de cinco anos foi requisitada pela FJA para que fosse restaurada.

9º Iaponí Araújo

Quadro “A Paquera” do pintor potiguar Iaponí Araújo
Iaponí é um nome conhecido na arte potiguar. Ele nasceu em São Vicente (RN) em 1942. Autodidata, integrou o elenco de pintores potiguares nas mostras “Civilização do Nordeste”, apresentada no Museu de Arte Popular da Bahia em 1963, “Arte Popular do Rio Grande do Norte” e “Pintores do Nordeste”, em Natal, 1965.
Sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro foi na Galeria Vila Rica, em 1963. Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1967, depois, em 1971, viajou para a Europa, onde permaneceria por dois anos em Londres, onde expôs em Paris e em Munique. Sua pintura documentando a literatura oral nordestina, conservando os mesmos títulos dos livrinhos de cordel, figura nas obras Aspectos da Pintura Primitiva Brasileira e as Festas Brasileiras pelos Pintores Populares. Faleceu no Rio de Janeiro em 1996.

10º Jayr Peny

Obra de Jayr Peny
O natalense Jayr Peny se descobriu nas artes no início dos anos 1980, quando entrou na Escola de Artes Atelier Central da UFRN e realizou sua primeira exposição individual. No início ele era um “daliniano maníaco”, com muita influência do surrealismo. Ainda é possível observar referências surrealistas em obras de atmosfera onírica. Mas o estilo do potiguar está mais particular e universal, tendo sido chamado de “geometrismo figurativista”. “Costumo brincar com ângulos, trabalhando figuras humanas, misturadas com traços geométricos inspirados no cubismo”, disse o pintor ao jornal Tribuna do Norte.
Peny foi parar em Portugal em meados dos anos 1990, à convite de um galerista português, que o representaria no país lusitano. A princípio sua estadia seria de apenas três meses. Mas depois da repercussão das primeiras exposições foi ficando. “Fui muito bem aceito. Comecei a ter mercado lá. E também me casei com uma portuguesa. Não valia a pena voltar para Natal”, diz o potiguar. “A vivência na Europa, o contato com outros artistas, com um público fora do Brasil, serviu para reforçar que eu deveria insistir na arte, apostar no meu trabalho. E é o que tenho feito desde então”, afirma.
Em 35 anos de carreira profissional, Jayr Peny soma 50 exposições pelo Brasil, Portugal, França e Estados Unidos. Também coleciona prêmios e títulos, dentre os mais importantes estão a Medalha de Ouro e o prêmio de Melhor Artista no Salon Le Meilleur, em 1999, na cidade de Paris; as Medalhas de Ouro no Salon D’Honneur e no Salon des Baronnies, ambos na França; o Prêmio de Carreira concedido pela Casa Edetriesse Alba, em 2001, em Ferrara, na Itália; o “Venezia Serenissima” de 2003 da “Associazione Galeria Centro Storico“ de Florença; além das medalhas e homenagens da Sociedade Brasileira de Belas Artes.

Bônus 1: Newton Navarro

Tela do pintor potiguar Newton Navarro retratando a atividade salineira do estado
Newton Navarro Bilro foi um dramaturgo, poeta, desenhista e pintor brasileiro que deu nome a maior e mais alta ponte estaiada do Nordeste. Ele nasceu na casa de sua avó, na Av. Rio Branco, em Natal, em 8 de outubro de 1928, filho de Elpídio Soares Bilro e Celina Navarro Bilro.
Newton foi aluno dos Colégios Santo Antônio e Atheneu Norte-rio-grandense, posteriormente da Faculdade de Direito do Recife, mas não concluiu o curso. Freqüentou curso livre de pintura em Natal, onde conviveu com artistas como Lula Cardoso Ayres, Hélio Feijó e Reinaldo Fonseca. Participou do I Salão de Arte Moderna do Recife, em 1948, no mesmo ano realizando sua primeira mostra na capital potiguar. Em 1951 foi a Buenos Aires e em 1964, a Paris.
Em suas pinturas e obras retratava sobretudo os bairros Redinha, Ribeira e Santos Reis, além do rio Potengi e os pescadores, e não por acaso, a ponte que leva seu nome liga justamente o bairro da Redinha ao bairro da Ribeira/Santos Reis. Suas obras usavam técnicas como aquarela, óleo, nanquim aguada, guache, bico de pena e outros materiais como borra de café e chá. Também utilizava o grafismo e o abstrato.
“Eu não acho cidade mais bonita que Natal, nem rio mais bonito que o meu rio. Eu vi uma vez o Sena. Achei uma porcaria. Vi também o Tejo e achei também uma porcaria. Mas o Potengi não. Que azul! E os morros que protegem a cidade?E as madrugadas? E as estrelas da manhã? Só em Natal tem essas coisas. A estrela repetida no forte da pedra…Uma cidade coberta de elísios, embalada pela canção dos pescadores, enfeitada de um lado e de outro, rio e mar, pelos azuis e verdes e pelas jangadas. Que cidade maior e melhor? Não existe. Nenhuma. “(Navarro, 1974).

Bônus 2: Dorian Gray Caldas

Tela de Dorian Gray
Este é talvez o nome mais popular de todos quando se fala em artistas plásticos potiguares. Dorian Gray nasceu em Natal 16 de Fevereiro de 1930, e foi desenhista, escultor, ceramista, tapeceiro, poeta e ensaísta. Ao lado de Newton Navarro, que falamos acima, é um dos artistas que mais contribuíram para a modernização das artes plásticas do Rio Grande do Norte, tendo vivido intensamente para ela.
Entre 1967 e 1974, foi assessor da Secretária de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte, também foi conselheiro da Fundação José Augusto e diretor do Teatro Alberto Maranhão e da Escolinha de Arte Cândido Portinari. Em 1983, lançou o livro Feiras e Feirantes e, em 1989, Artes Plásticas do Rio Grande do Norte – 1920/1989.
Dorian registrava em suas telas o cotidiano da cidade de Natal mas com foco na história. Casarões antigos, engenhos de açúcar, camponeses e vilas populares foram imortalizados na arte dele. São famosas suas marinas e telas com temas populares espalhadas por todo o Brasil.
Dorian foi um artista completo e incansável. Escreveu mais de 10 livros sobre artes plásticas e literatura.
Ele morreu em 23 de Janeiro de 2017, vítima de infarto fulminante, depois de passar 12 dias internado com pneumonia e problemas renais em Natal.
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Fonte: CURIOZZZO

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