por Redação .
Parlamentares, governadores e prefeitos também tem se mobilizado para atender a reivindicação do setor
A prefeitura de Salvador e o governo de Pernambuco anunciou que os trabalhadores da educação estarão incluídos nas fases prioritárias de vacinação contra a Covid-19. No Ceará o governo também tem defendido a ideia.
Em São Paulo o plano de vacinação não menciona tal prioridade e o Sindicado de Professores do Estado (Apeoesp) enviou ofício ao governo paulista e também foi ao STF junto com diversas entidades do setor educacional interceder pela inclusão em esfera nacional.
A reivindicação segue a mesma argumentação adotada no ano passado para a campanha de vacinação contra a gripe (Influenza), que considerava os professores de escolas públicas e privadas como grupo prioritário em razão do risco de contágio existente em sala de aula, local de aglomeração de pessoas.
“Com tantos reveses que a educação brasileira sofreu desde o início do governo Bolsonaro e com a pandemia o mínimo que podemos garantir é que os profissionais do setor sejam prioridade na imunização para planejarmos uma volta às aulas segura o quanto antes. Milhares de estudantes dependem disso”, destacou o presidente da UNE, Iago Montalvão.
Pressão no governo federal
Na programação do Ministério da Saúde entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) os professores de ensino básico e superior entrariam na quarta fase da campanha.
Mas os estados têm autonomia para realizar campanhas locais de imunização e a compra de vacinas, nos seus critérios independentemente do plano do governo federal.
Professores são no total 2,3 milhões, entre os 3,2 milhões de profissionais essenciais que incluem policiais, bombeiros e funcionários do sistema carcerário.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT-RN) defende a prioridade para os educadores tendo em vista sua importância para a retomada do desenvolvimento socioeconômico, científico e cultural do país.
“Os impactos causados diretamente aos profissionais e aos estudantes, em especial na educação pública no País, aprofundam as desigualdades de acesso e de permanência já existentes nas escolas e promovem enormes prejuízos à qualidade da aprendizagem, em todos os níveis e etapas”, destacou a governadora que enviou o pedido em carta ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) apresentou uma emenda a MP da Vacina para a inclusão dos profissionais da educação na primeira fase do plano. O projeto segue no Senado. Para a deputada, o retorno às aulas presenciais é urgente e a proposta é necessária para que 100% dos funcionários da educação possam voltar à linha de frente com segurança. “Se a gente entende que educação é essencial, que o direito à educação é inegociável, temos de mostrar isso com a priorização da vacina”, disse a deputada ao Estadão.
O ensino remoto tem prejudicado principalmente os estudantes mais vulneráveis: 47% dizem que têm dificuldade de seguir as aulas online e 55% dos estudantes que moram em favelas admitem a possibilidade de abandonar os estudos, segundo pesquisa feita pelo Data Favela.
Fonte: UNE
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