MC Fioti, aliás Leandro Aparecido Ferreira, de 26 anos, fez mais pela vacina que o presidente do Brasil.
Seu hit “Bum Bum Tam Tam”, de 2017, com 1,5 bilhão de views no YouTube, viralizou na pandemia.
Ele acabou gravando uma versão filmada no Instituto Butantan com a participação de jovens pesquisadores e funcionários.
O resultado é uma homenagem emocionante — sim, emocionante — a quem está salvando vidas no Brasil, por meio de um gênero musical estigmatizado por ser “da favela”.
“É a flauta envolvente / que mexe com a mente / de quem tá presente / a novinha saliente / fica loucona e se joga pra gente / Aí falei assim pra ela: / Vai com bum bum tam tam”, canta ele no original.
Esses versos viraram: “É a vacina envolvente / que mexe com a mente / de quem tá presente / é a vacina saliente / vai curar ‘nóis’ do vírus e salvar muita gente / aí eu falei assim pra ela: ‘Vai, vai no Butantan’”.
Já viralizou, como era de se esperar, e a mensagem vai chegar a um público massivo. Veio de um funkeiro a melhor resposta ao negacionismo canalha de Bolsonaro.
Fioti não conhece o pai, que abandonou a família quando ele nasceu, é o caçula de seis irmãos e foi criado pela mãe, Lúcia, no Capão Redondo, periferia de São Paulo.
Tem muito mais consciência que a corja no Palácio do Planalto.
“O pessoal tem que tomar vergonha na cara. Se uma vacina vai me transformar em jacaré, eu diria para os cientistas criarem uma para eu ter superpoder”, diz.
“Acho que a minha música, o funk, conversa muito com a comunidade. Por meio dessa nova versão e do clipe a gente vai conseguir passar a mensagem e eles vão se conscientizar de que a solução para a gente é se vacinar”.
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