Foi apenas uma semana de convocação e organização, mas as manifestações pelo Fora Bolsonaro neste sábado, dia 3 de julho, novamente tomaram o país, de norte a sul. Os primeiros informes dão conta de que cerca de 800 mil pessoas, em 312 cidades do país foram às ruas. Houve ainda protestos em 35 cidades de 16 países no exterior.
Em algumas capitais como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Porto Alegre foram dezenas de milhares manifestantes.
“Fora Bolsonaro, genocida e corrupto” foi uma palavra de ordem geral nos protestos, que reuniram a juventude, trabalhadores e os mais diversos segmentos da sociedade em todas as capitais e nas mais diversas cidades pelo país.
“Não vieram todos. Faltam 522 mil” trazia inscrito o cartaz de uma manifestante, em Santa Cruz (RS). A frase diz tudo sobre a grave situação da pandemia no Brasil e o que a política genocida de Bolsonaro está causando aos brasileiros.
A foto do genocida estampada em reproduções de notas de dinheiro ou cartazes “Para Bolsonaro, cada vida vale 1 dólar” também fizeram menção aos escândalos de corrupção que vieram à tona desde a semana passada, envolvendo a negociação de vacinas contra a Covid.
Denúncias que mostram que Bolsonaro não quis comprar vacina para salvar a vida dos brasileiros, mas quis propina. Escândalos, inclusive, que foram o motivo para a antecipação do terceiro dia nacional de protestos para este dia 3.
As mobilizações também exigiram agilidade na vacinação contra a Covid-19 e a volta do auxílio emergencial de R$ 600, bem como levantaram bandeiras contra a privatização, pela demarcação das terras indígenas e preservação do meio ambiente, em defesa dos direitos da população LGBTQIA+, contra o genocídio de negros e negras, entre outras pautas.
“Além de ser responsável por milhares de mortes, esse é um governo corrupto, ladrão de vacina. Temos uma tarefa urgente: colocar Bolsonaro, Mourão e toda essa corja para fora. A eleição de 2022 está longe demais. Até lá chegaremos a 1 milhão de mortos. É preciso organizar os de baixo para derrotar os de cima. Vamos lutar para destruir essa sociedade capitalista. Um mundo socialista é possível”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, Weller Gonçalves. Na cidade, cerca de 800 manifestantes foram às ruas.
A CSP-Conlutas, entidades e movimentos filiados participaram das manifestações pelo país.
Em São Paulo, em sua fala no caminhão de som, o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, repetiu o chamado às demais centrais sindicais, que neste #3J se somaram à convocação dos protestos, para avançar na luta e construir uma Greve Geral Sanitária, para dar um “golpe de morte no governo Bolsonaro e na burguesia que ainda o apoia”, pois como sabemos é o silêncio das fábricas paradas e a paralisação da circulação de mercadorias que os capitalistas sentem.
Assista no vídeo abaixo:
Confira a cobertura parcial de alguns dos atos pelo país neste #3J:
Fonte: http://cspconlutas.org.br
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