O Instituto Tomie Ohtake apresenta a exposição individual dedicada ao fotógrafo Pierre Verger
(1902, Paris – 1996, Salvador, BA, Brasil), com curadoria de Priscyla Gomes, do Instituto Tomie Ohtake, e Alex Baradel, da Fundação Pierre Verger. Com mais de uma centena de fotografias e documentos, a mostra Pierre Verger: Percursos e Memórias, abrirá ao público dia 13 de agosto no Instituto Tomie Ohtake.
Fotógrafo por excelência, Pierre Verger aprendeu o ofício da fotografia aos 30 anos e, ao longo da carreira, a dedicação e minúcia no conhecimento de povos e culturas que lhe interessavam foi tamanha que se alçou à condição de antropólogo e etnógrafo. Iniciou sua obra em 1932, quando decidiu unir a expertise que havia adquirido na fotografia com sua vontade de viajar para conhecer e registrar outras pessoas e lugares; partiu levando como única bagagem uma máquina fotográfica Rolleiflex.
A articulação entre imagem, escritos e uma extensa pesquisa resultou em uma obra vasta, muitas vezes desconhecida do público que aproxima-se de Verger por intermédio de suas fotografias mais icônicas. Entre 1932 e 1970, foram décadas de viagens ao redor do mundo, passando pela Europa, Ásia, América e Oceania.
Esta exposição é uma correalização do Instituto Tomie Ohtake, Fundação Pierre Verger e Fundação Bienal de São Paulo e integra a rede da 34ª Bienal de São Paulo. A mostra é dedicada a expor as diferentes documentações da trajetória de Pierre Verger durante suas principais viagens. Além de imagens inéditas ou raramente mostradas, visando contextualizar sua produção e relacionando aspectos da vida pessoal do fotógrafo ao contexto histórico a que pertenceu, a mostra trará seus cadernos de viagens, publicações e periódicos nacionais e internacionais, cartas e textos inéditos, negativos e estudos de ampliações, bem como trechos de documentários icônicos sobre o fotógrafo e etnógrafo.
Os núcleos pelos quais se divide a exposição propõem-se a contar as diferentes viagens de Verger, utilizando esses percursos para narrar como o artista tornou-se pioneiro em muitas de suas abordagens sobre fotografia, no registro e investigação dos locais aos quais visitava e na sua forma de estabelecer diálogo com as diferentes populações. Cabe especial destaque, o ano de 1946, que marca sua chegada ao Brasil, um trajeto que resultaria numa longa permanência e na descoberta de um universo que mudaria em definitivo sua vida. Sua chegada deu início à sua pesquisa afro-americanista e africanista, que propiciou importantes desdobramentos na sua trajetória.
Verger passou a registrar também por escritos as informações coletadas em suas viagens entre o Brasil e a África. É nesse universo que o fotógrafo e etnógrafo concentrou seus estudos, dedicando décadas de sua vida às culturas iorubá e fon, além de suas diásporas religiosas.
Por se tratar de um recorte e material inéditos, a curadoria realizada por Priscyla Gomes, curadora do Instituto Tomie Ohtake e Alex Baradel, curador da Fundação Pierre Verger, visa trazer novas leituras à trajetória desse fotógrafo expoente. Com base numa imersão em seus arquivos, anotações, registros e escritos, a mostra é a primeira a apresentar Pierre Verger como fotógrafo, pesquisador, etnógrafo e também líder religioso.
Parte-se de algumas imersões na vida privada do fotógrafo explicitando questões como religiosidade, cultura local, sexualidade e as linhas editoriais de revistas de extrema importância no período.
A exposição é uma coprodução com a Fundação Bienal de São Paulo, Fundação Pierre Verger e Instituto Tomie Ohtake.
Curadoria: Priscyla Gomes e Alex Baradel
Saiba mais sobre o artista aqui.
Quer saber mais sobre a programação da exposição? Confira aqui!
Serviço Pierre Verger - Percursos e Memórias
De 13 de agosto a 21 de novembro de 2021.
De terça a domingo, das 12h às 17h. Entrada franca.
Conheça os protocolos de segurança do Instituto Tomie Othake, clicando aqui!
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