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domingo, 7 de novembro de 2021

CSP-Conlutas: RCN debate situação nacional e prepara próximas iniciativas antes do final do ano

Após os painéis na parte da manhã de ontem (sábado-6) teve início o debate de Situação Nacional na Reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas.

 

Alguns temas permearam a explanação das convidadas e convidados da mesa, assim como a intervenção de delegados(as) e observadores(as).

 

A compreensão de que a crise do capitalismo se aprofunda a cada dia que passa e vem combinada com a necessidade deste sistema de promover mais e maiores ataques à classe trabalhadora e ao povo pobre.

 

As exposições da mesa ficaram sob responsabilidade dos dirigentes da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, metalúrgico de São José dos Campos; Rejane Oliveira, educadora do Rio Grande do Sul; Regina Ávila, do Andes-SN; Nancy Galvão, educadora da rede estadual de São Paulo; e Danilo Serafim, do Sepe-RJ.

 

Um tema consensual que diz respeito ao sistema capitalista é a forma como os governos do mundo lidam com a pandemia. Nancy criticou os EUA ao terem descartado recentemente 15 milhões de vacinas o que daria para vacinar milhões de pessoas em países africanos onde muitos vacinaram 1% da população apenas e resgatou a presença da pandemia no mundo. “É muito importante marcar que a pandemia segue na conjuntura mundial e nacional e entre os cinco milhões de mortos e 250 milhões de infectados, existem os órfãos e sequelados, a maioria da classe trabalhadora”, lamentou.

 

“No Brasil, os números oficiais que indicam mais de 600 mil mortos de covid-19 é baseado em subnotificação, na verdade, podemos ter atingido 1 milhão de mortos”, chamou atenção Mancha em sua exposição lembrando que isso não sensibilizou o governo de ultradireita de Jair Bolsonaro.

 

Neste marco da crise capitalista que tem se aprofundado em todo o mundo, as debatedoras Rejane e Regina apontaram números contundentes que indicam os resultados da política de Bolsonaro que tem levado o maior país da América do Sul a uma situação de barbárie.

 

Ambas as dirigentes expuseram o número da fome no Brasil, que avança e atinge, em dois anos, mais nove milhões de pessoas. Basearam-se no levantamento mais recente da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional que aponta que no total 19,1 milhões pessoas, ou seja 9% da população brasileira, estão nessa situação.

 

Também apontaram o índice de desempregados no Brasil cujo patamar atinge 14,6%, ou seja 14,8 milhões de brasileiros e brasileiras segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Além disso, muitos do que têm empregos estão no setor informal (40,6%) ou subempregados. A sub ocupação – o desemprego por insuficiência de horas trabalhadas – alcançou o recorde de 7,5 milhões de pessoas no mesmo período.

 

Rejane, que analisou o governo Bolsonaro com características de fascismo, chamou atenção para o desprezo com os direitos humanos e extermínio do povo pobre. “Extermínio do povo pobre é característica do fascismo e está marcada neste governo por meio do extermínio, da matança dos povos indígenas, pela fome e miséria imputada ao povo e também o feminicídio”, salientou.

 

Regina acrescentou que dos mais de 14 milhões de desempregados a maioria é do povo negro e mulheres e que 66% das mulheres assassinadas no Brasil são negras e salientou o aumento dos ataques aos povos indígenas. “Vivemos uma situação de guerra e barbárie”, foi definido duas palestrantes, Regina e Rejane.

 

Para a qual Rejane acrescentou: “Isso indica que o Brasil passa por uma das maiores crises econômica, social e sanitária, e esse governo utiliza o militarismo, a força e a violência para atacar a classe trabalhadora”.

 

Danilo lamentou a situação do país. “Pessoas revirando caminhão de lixo pra comer e cada dia mais pessoas moram nas ruas”.

 

Atuação e lutas

A tentativa de aprovação da PEC 32, a reforma administrativa, também foi abordada pelos debatedores como um reflexo da política do governo Bolsonaro em destruir os serviços públicos para a população que dele necessita ao querer transferir tais serviços para o setor privado.

 

Mancha abordou tais ataques contra a classe e o povo pobre como parte da “dominação e rapina” do sistema capitalista que tem se expressado fortemente na economia brasileira por meio da destruição dos serviços públicos, acrescentando mais alguns ataques: “a desindustrialização crescente, privatizações; profundos ataques nas relações trabalhistas, no trato com a natureza e nas liberdades democráticas”, salientou.

 

O dirigente, assim como os outros debatedores, apontou a necessidade da luta de classes para derrubar o governo Bolsonaro e Mourão e o capitalismo. Contudo, na realidade atual do país apontou que há contradições no movimento por Fora Bolsonaro. “Houve um crescente desgaste do governo, mas esse evento não conseguiu ampliar a participação de setores da classe que trabalhadora nas manifestações”. Mancha justificou que parte dessa situação se deve aos atos terem se transformado em atos eleitorais “porque conjunto das direções trabalha na perspectiva de 2022”, justificou.

 

Mancha reforçou a atuação da CSP-Conlutas em unidade de ação com as mais diversas entidades, organizações e movimentos para s lutas que ocorreram e salientou o programa emergencial provado no início da pandemia. “Apresentamos um programa de emergência que partiu da necessidade imediata da classe trabalhadora com exigência de emprego, salários e direitos; contra as opressões e a defesa do planeta apontando uma alternativa ao sistema capitalista”, assegurou.

 

Também consensual é a participação da Central e a batalha pela luta na campanha para derrubar Bolsonaro sem esperar a eleição de 2022 e para isso, a Central defenderá em cada fórum e amplo movimento que participa.

 

Foi indicado como centralidade da organização para das mobilizações o próximo 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, que para além do peso na luta contra o racismo, levantar as bandeiras da classe trabalhadora contra o aumento de preços, da fome e do desemprego, como defender salários e direitos e exigir fora Bolsonaro e Mourão.

 

Danilo propôs unidade de ação com o movimento Povo na Rua e a com FNL (Frente Nacional de Luta – Campo e Cidade) com a qual a Central já vem preparando a Marcha pela Reforma Agrária em São Paulo, que parte de Sorocaba no dia 9 de novembro, caminhando até a capital paulista.

 

As explanações dos(as) convidados(as) e fechamento da mesa expressaram os temas que foram debatidos em plenário virtual e que preocupam as entidades e movimentos que compõem a Central para que tirem política e organizem os trabalhadores.

 

Fome, miséria, desemprego, violência contra negras e negros, povos indígenas e LBGTIs; aumento do feminicídio; a lata de preços do gás de cozinha, combustíveis e alimentos; os despejos que vêm ocorrendo; a destruição da Amazônia; os ataques à classe trabalhadora e a precarização do trabalho. Todos esses temas foram incorporados na fala dos 49 inscritos sorteados para o tempo previamente estipulado para o debate.

 

A crítica às Centrais Sindicais foi generalizada por não conduzirem à altura a luta pela necessidade da classe, capitulando ao calendário eleitoral, principalmente por não convocar uma Greve Geral que possa fortalecer a mobilização para derrubar Bolsonaro e Mourão, já.

 

Diante disso, a CSP-Conlutas defenderá um novo dia nacional de manifestações em dezembro para que se feche o ano reforçando a mobilização para derrubar este governo, assim como manterá a defesa da Greve Geral na base das categorias e movimentos.

 

A Central também participará do dia 8 de novembro quando terá mobilização nacional das servidoras e servidores público contra a PEC 32, assim como organizará e participará de atividades preparadas para 15 de novembro, data desmarcada pela campanha Fora Bolsonaro para nova mobilização.


Fonte: CSP - CONLUTAS

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