Até 16 de setembro, a mostra exibe seleção de livros que estimula avaliações críticas sobre a história do país.
A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) da Universidade de São Paulo (USP) inaugurou, na última segunda-feira (29), a exposição ‘200 livros para pensar o Brasil’, que faz parte do conjunto de comemorações e reflexões relacionado ao bicentenário da Independência. A mostra gratuita fica aberta até 16 de dezembro.
Foram selecionados do acervo da BBM os livros que representam e interpretam o Brasil, partindo das mais antigas descrições sobre o território, desde a colônia, até as discussões mais contemporâneas sobre os atuais dilemas da sociedade. Para cada período histórico, a seleção apresenta livros canônicos com projetos de país vitoriosos. Mas também são apresentados os projetos derrotados, as vozes silenciadas e as visões bastante heterogêneas sobre o país.
Autores que vão de Gilberto Freyre a Sueli Carneiro, de José de Alencar a Davi Kopenawa, de Machado de Assis a Carolina Maria de Jesus, os contrastes e confluências percorrem toda a exposição.
O diretor da BBM e um dos curadores, Alexandre Macchione Saes, destaca o caráter abrangente das obras. “Com a exposição 200 livros para pensar o Brasil, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin convida a comunidade para percorrer a rica produção literária, histórica e sociológica brasileira”.
Para ele, o contraste de autores traz um panorama rico da história do país. “Ao reunir autores consagrados com vozes silenciadas ou menos reconhecidas pela crítica, oferecemos a oportunidade de observar os diversos Brasis que devem compor nossa interpretação sobre a sociedade brasileira em seus 200 anos”, completa o diretor.
Os livros foram divididos em seis períodos históricos: pré-Independência (1500-1822); Brasil Império (1822-1889); Primeira República (1889-1930); Brasil moderno (1930-1964); Ditadura civil-militar (1964-1985); e, finalmente, Brasil contemporâneo (1985-2022).
A curadoria ressalta que “Como toda seleção deve ser, a apresentada em 200 livros para pensar o Brasil é apenas um percurso possível para pensarmos o Brasil, que deve ser confrontado com diferentes propostas. Os critérios que definiram a seleção dos 200 livros da BBM devem ser problematizados, oferecendo espaço para que outros 200 livros possam ser incluídos. Afinal, qual deve ser a Biblioteca Brasiliana que pensa o Brasil no século XXI?”
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