O Ministério da Cultura (MinC) participa, até quinta-feira (9), em Brasília, do Seminário Ancestralidade e Sustentabilidade da Mulher Negra: Violência, Violação de Direitos e Emancipação. Organizado pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), como parte integrante das atividades da Década Internacional de Afrodescendentes, o evento conta com a participação de 220 mulheres e simpatizantes, dentre elas 85 representantes de terreiros, que promoverão uma leitura da realidade enfrentada pelas mulheres negras. O objetivo é apontar caminhos para a promoção do respeito à diversidade da herança cultural e para a minimização dos processos históricos de discriminação de gênero e étnico-racial.
O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, integra a mesa de abertura do encontro, nesta terça-feira às 15h, voltada à consolidação de políticas de gênero e étnico-racial. Na quarta (8), às 14h, a diretora do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da FCP, Márcia Uchôa, integra a mediação da roda de conversa O saber ancestral como valor civilizatório e as casas de religiosidade como lócus do apaziguamento social. E na quinta-feira (9), às 9h, será a vez de a diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da FCP, Carolina do Nascimento, compor a mesa Violência Institucional – Políticas Setoriais para as Mulheres Negras.
O seminário também destacará a importância de se reforçar a ação e a cooperação nacional, regional e internacional em favor do pleno acesso da mulher negra aos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos. Nesse contexto, os debates tratarão da adoção e fortalecimento de marcos jurídicos, de acordo com a Declaração e Programa de Ação de Durban e da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.
O evento é promovido pelo MDH, por meio da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em parceria com a Fundação Cultural Palmares, a Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECID) e a Organização das Nações Unidas (ONU). Os três dias do encontro integram uma série de atividades desenvolvidas pelo MDH em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, à Década Internacional de Afrodescendentes, à Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completará 70 anos no dia 10 de dezembro, e aos 130 anos da abolição da escravatura.
Brasil Cultura
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