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domingo, 18 de novembro de 2018

CIANORTE – A cidade que se redescobriu e se tornou a Capital nacional do Vestuário

Cianorte foi fundada pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná – da qual herdou o nome: Cia (Companhia) e norte (de Norte do Paraná) – em 26 de Julho de 1953. Era o início da colonização das regiões Norte e Nordeste do Paraná, que atraiu desbravadores de outros estados, principalmente do interior de São Paulo e de Minas Gerais. Vinham em grandes levas, motivados pelas perspectivas de prosperidade e de um futuro melhor divulgadas pelas notícias de que a região era um verdadeiro eldorado de solo roxo e fértil. E foi a partir da terra, especialmente da cultura do café, que Cianorte prosperou e se firmou como uma das mais promissoras cidades do Norte paranaense.
Até os anos 1970, o café sustentou a economia do município, mas, no final da década, as fortes geadas e mudanças na política econômica nacional, que afetaram drasticamente o setor cafeeiro, alteraram o curso da história. Como os demais municípios da região, Cianorte enfrentou o desemprego e o êxodo rural, mas não se deixou abater. O espírito desbravador e forte de sua gente viu na crise um desafio para novas oportunidades. Na busca de alternativas para manter seu ritmo de desenvolvimento, Cianorte descobriu uma vocação para o setor de confecções e apostou na industrialização. Empresários, comerciantes e antigos produtores rurais passaram a investir em maquinário, a construir fábricas e buscar mão-de-obra para o novo ofício. Preocupado com a qualidade das peças produzidas, o Governo Municipal, em parceria com entidades representativas de classe, buscou apoio técnico e instrutores especializados, o que resultou na instalação de vários cursos de aperfeiçoamento e qualificação de mão-de-obra na cidade.
Expansão contínua
Com o esforço na busca de melhorias para produzir com qualidade a evolução foi rápida. Em pouco tempo, Cianorte se destacou no cenário nacional como o maior pólo atacadista do Sul do País e passou a ser conhecida como a “Capital do Vestuário”. Hoje, a indústria de confecções de Cianorte soma mais de 450 empresas e 600 grifes, emprega mais de 15 mil pessoas (a cada cinco cianortenses, dois trabalham no setor de confecções) e movimenta uma série de setores paralelos, como corte e costura, bordados, lavagem de tecidos e cursos de moda, gerando cerca de 30 mil empregos indiretos. Responde, ainda, pela realização da maior feira do vestuário do Sul do País: a Expovest. No PIB do município, a indústria é responsável por 44,30%, enquanto os setores de comércio e serviço representam 38,30%. Os 17,40% restantes vêm das atividades rurais.
Com a consolidação da indústria de confecções, a cidade ganhou grandes centros atacadistas, como os shoppings e a Rua da Moda, que recebem, diariamente, centenas de compradores de todas as partes do Brasil. Hoje, Além das confecções,  o parque industrial de Cianorte, que começou com uma fábrica de refrigerantes ainda na década de 50,  inclui empresas dos mais variados ramos, como metalúrgicas, fábricas de barbantes, reciclagens, embalagens plásticas, móveis e estopas. Há, ainda, o setor alimentício com produção de enlatados, doces, bebidas (refrigerantes) e frios; e uma forte atuação dos setores avícola, frigorífico e de laticínios, com produtos que vêm, gradativamente, conquistando o mercado brasileiro.
A diversificada oferta de oportunidades profissionais geradas pela expansão econômica do município nos últimos anos vem atraindo famílias inteiras de pequenas cidades da região e de outros Estados, o que movimenta também o setor de habitação. Somente de 2007 a 2008 foram registrados três novos loteamentos residenciais no município
Também é crescente o número de profissionais liberais como advogados, dentistas, médicos de variadas especialidades, professores, designers, arquitetos, contadores, entre tantos outros, que escolheram a cidade para atuar.
Reforçando sua posição de pólo regional, Cianorte passou a abrigar um campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e outro da Unipar (Universidade Paranaense) e a oferecer uma série de opções de entretenimento e lazer – outro setor em franca ascensão na economia local.

A Capital do Vestuário

Referência no mercado de moda no Brasil, Cianorte vem, há quase três décadas, ancorando sua economia em torno das indústrias de confecção. Foram anos de luta e investimentos em prol do desenvolvimento de um setor para o qual a cidade descobriu ter uma vocação inata.
De um lado o governo municipal, que sempre incentivou a instalação das fábricas, concedendo terrenos e serviços como terraplanagem e construção de vias de acessos, além da isenção de impostos; e de outro, os empresários que buscaram qualificação e diversidade para oferecer produtos de qualidade inquestionável.
Foi justamente essa característica que atraiu marcas famosas do Brasil e do exterior, que passaram a transferir para as confecções cianortenses a produção de suas peças.
As grifes locais, aos poucos, também foram se expandindo e conquistando espaço no competitivo mercado nacional, projetando Cianorte como forte polo de moda, a ponto de ser reconhecida como a Capital do Vestuário. Cianorte, hoje, é responsável por 20% de todo jeans comercializado no país, o que representa 12 milhões de peças por mês.

TURISMO EM CIANORTE

A Igreja Matriz
O Santuário Eucarístico Diocesano Nossa Senhora de Fátima, a Igreja Matriz, é a maior construção católica de Cianorte. Localiza-se na região central da cidade, na Praça João XXIII, ao lado do bosque de vegetação nativa. A atual obra arquitetônica em arcos conta com um sino de 82 quilos tocado diariamente. Começou a ser construída em 1966 e quatro anos depois substituiu a pequena capela de madeira construída na década de 50 com recursos dos pioneiros católicos, na área determinada pela Companhia Melhoramentos.
Enquanto a nova Igreja Matriz era construída, a igrejinha foi mantida dentro dela onde continuaram a ser realizadas as manifestações religiosas. No ano de 1967, a capela foi transportada para outro bairro da cidade onde foi tombada como patrimônio histórico e, hoje, funciona a Casa da Memória.
O prédio mais bonito da cidade abriga obras em madeira do paranaense Dirceu Rosa como a “Via Crucis” e o “Cristo”, que foi esculpido em 1973 e é considerada a primeira grande obra do artista. A arte de Dirceu Rosa sintetizada nas mãos representando a fraternidade é um dos maiores acervos artísticos do município e não pode deixar de passar pelo olhar dos visitantes.
Casa da Memória
A Casa da Memória Padre Luiz Mark é um resgate do passado e guarda a memória do município, a começar pelo edifício em madeira construído no início dos anos 50 onde funcionou a primeira igreja matriz de Cianorte. Em 1967, a igreja foi transportada do local onde hoje é atual igreja matriz para a Zona Sete, levando o nome de Igreja Sagrado Coração de Jesus. Com a ajuda da Prefeitura Municipal ela foi reconstruída com uma base mais alta, mas aproveitando a parte de madeira e telhas originais. Também foi pintada nas mesmas cores: azul e branco.
A igreja foi tombada em 1990 e em 2002 se encerrou as celebrações passando a ser a Casa da Memória. Em 2006, a construção foi restaurada pelo Instituto Morena Rosa a fim de conservar o aspecto original. Mantém ainda, uma exposição permanente de fotos que revelam a história da cidade desde a sua fundação.
O local tem capacidade para 150 pessoas e se tornou palco para as apresentações artísticas de Cianorte. A Casa da Memória ganhou painéis nas janelas e um novo sistema de som para proporcionar um ambiente adequado para os artistas e expectadores.
Igreja Sagrada Família
Visita imperdível, a Paróquia Sagrada Família tem arquitetura moderna e arrojada com obras em metal do artista plástico Aristeo Piovesan como a “Via Sacra”.
Memorial 500 anos
O monumento foi criado pela arquiteta Rosalice Ioshini Uehara em homenagem aos 500 anos do Brasil. Localizado próximo à rodoviária, a obra representa a mistura das raças que construíram o nosso país. Cada um dos três pilares que sustentam o mapa do Brasil é representado pela figura do negro, do português e do índio. As cores verde e dourado foram escolhidas por conta da grande riqueza natural e prosperidade existente no país.
Praça Francisco Kanô
Planejada para homenagear os imigrantes japoneses, a praça recebe o nome do advogado Francisco Kanô que fez parte da Câmara Municipal no mandato de Ramon Máximo Schulz (1963-1968). Conhecida pelos cianortenses como a “Pracinha do Japonês”, foi construída em meados dos anos de 1980, inspirada nos espaços públicos orientais constituídos por pedras, lago, pagode (torres sobrepostas com múltiplas beiradas), jardins e pontes.
A vegetação é um misto de plantas japonesas e brasileiras. A tranquilidade e os detalhes orientais deixam a praça graciosa e encantadora.
Haras Ribeiro
Fundando em 1998, o Haras Ribeiro localiza-se na Rodovia Aeroporto a quatro quilômetros do centro. Com profissionais experientes, o centro de treinamento oferece lazer e qualidade de vida por meio de aulas de equitação e da equoterapia. Cuidadosamente estruturado pela família Ribeiro, o encanto e beleza do local atrai visitantes de todo o Brasil.
Pesqueiro Pantanal
O ambiente familiar e acolhedor faz do pesqueiro um ponto de encontro diferenciado para os apreciadores da natureza e de uma boa pescaria. Quiosques, churrasqueiras e lanchonete complementam o ambiente de paz e descontração. Os tanques para pescaria contrastam com o verde das árvores que circundam o local. O pesqueiro serve pratos como o “Tilápia à Mineira”, criado especialmente para receber os visitantes.
Rancho Urbano
Combina o cenário de antigos saloons com o charme de um antiquário. Em meio a móveis e peças antigas, é possível degustar um farto café colonial com pratos típicos preparados pela Vó Mira e sua família de origem alemã.
Chácara Viola de Ouro
O lugar tranquilo e agradável é rodeado de mata nativa tendo os doces e conservas caseiras o principal atrativo. A Chácara dispõe de salão de festas com capacidade para 200 pessoas e pousada com 80 acomodações, além de oferecer café da manhã, almoço e jantar.
Hidroponia 
Em Cianorte, a técnica e o manejo do cultivo de hortaliças (agrião, alface, almeirão e salsa) na água foram introduzidos pelos irmãos Bataglini. São eles que explicam aos visitantes o sistema de plantio chamado de hidroponia.
Orquidário
Voltado para a produção e cultivo de orquídeas, conta com enorme variedade somando aproximadamente seis mil plantas de mais de 150 híbridos e espécies. Além de preservar espécies brasileiras, fornece mudas para cultivadores e colecionadores desta fascinante flor.
Viveiro Totibana
Chácara especializada no plantio e comercialização de rosas, gérberas e crisântemos. Abriga também um Memorial Fotográfico com imagens históricas de Cianorte e registros da evolução tecnológica da fotografia.
Pátio Colonial
Situado nas antigas instalações da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, o prédio passou por transformações arquitetônicas para o estilo colonial. Além da beleza externa, possui galeria comercial, restaurante, pizzaria e cafeteria. No interior, conta ainda com amplo pátio gramado.
Portal
Quem passa pela rodovia PR-323, de longe percebe que está na Capital do Vestuário. O primeiro e único Portal da Moda do Paraná – localizado pouco depois da Polícia Rodoviária Estadual, no sentido Maringá – mostra ícones da potência local no setor têxtil numa estrutura gigantesca. O monumento conta com sofisticada iluminação noturna.
O portal é uma iniciativa da administração municipal, em parceria com o Ministério do Turismo. O projeto é do arquiteto cianortense Luiz Herrera que elaborou um grande cone, com um zíper em aberto cruzando a rodovia, sustentado por uma agulha e um alfinete. Em toda a extensão há uma linha. E simbolizando todos os trabalhadores do setor, uma manequim. Para construí-lo, foram necessárias 31 toneladas de ferro e concreto.
O Portal da Moda era um sonho antigo, desde a primeira gestão do prefeito Edno Guimarães (88/92), quando Cianorte projetou-se como a Capital do Vestuário, principalmente depois da concepção da Expovest, em 1990. A obra exigiu quase R$ 500 mil para ser concluída, pela Construtora Nabhan. O projeto foi concebido a partir de sugestões e opiniões de empresários e lideranças do setor.
Parque Cinturão Verde
Criado em 28 de abril de 2000, pela lei muncipal 2.067, o Parque Cinturão Verde é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral composta por 313 hectares de Mata Atlântica. O parque circunda toda a cidade abrigando animais silvestres como macacos, quatis, cobras, ouriços, lagartos, pássaros, tamanduás e jaguatiricas.
É a segunda maior reserva florestal urbana do país e um dos poucos remanescentes da grande floresta que cobria quase toda a região noroeste do Paraná. Pelo interior da floresta, foram construídas trilhas como a Trilha da Peroba e a do Fantasminha. Já na beira de toda a extensão do Parque, há pistas de caminhadas que são um convite à prática de hábitos saudáveis em meio à natureza.
Em 2009, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) começou a implantar o Plano de Manejo do Parque Cinturão Verde, um amplo programa para estabelecer diretrizes de uso e ocupação do espaço, por meio do zoneamento ambiental e, assim, assegurar a manutenção dos recursos naturais para o correto usufruto das gerações atuais e futuras.
Uma das metas é ampliar a área total para 900 hectares e também definir prioridades na recuperação de áreas degradadas indicando as benfeitorias que deverão ser feitas para garantir o máximo de proteção à flora e à fauna da reserva.
Trilhas
Trilha da Peroba
A trilha recebe o nome da árvore símbolo de Cianorte e comporta também inúmeras outras espécies nativas, animais silvestres e nascentes de rios. Caminhar por ela é garantia de encanto, tranquilidade e harmonia com a natureza.
Trilha do Fantasminha
Cheia de histórias e lendas, esta trilha exige conhecer um pouco da história do Ribeirão São Tomé, conhecido popularmente como Rio Fantasminha. Diz a lenda que em noites de lua cheia, um estranho fenômeno acontece: as águas do rio correm em sentido contrário ao do seu curso natural. Nessas noites, no mês de agosto, há quem jure que o guardião da floresta pode ser visto caminhando por ela. Pontes estreitas e caminhos bifurcados completam os atrativos dessa trilha.
Pistas de caminhada
Construídas no entorno do Cinturão Verde, as pistas de caminhada proporcionam mais do que saúde e lazer. Também contribuem para a conscientização ecológica, uma vez que proporcionam aos usuários o contato com a flora e a fauna da reserva florestal cianortense.
As pistas comportam as Academias da Terceira Idade (ATIs) e aparelhos para alongamento. Ao todo, são 12 pistas interligadas que juntas têm aproximadamente 105 mil metros quadrados de área. É um espaço de confraternização e ponto de encontro para os moradores dos bairros.
Duas delas são acompanhadas em toda extensão por uma ciclovia. Assim, além da prática de exercícios, essas pistas oferecem maior segurança e agilidade às pessoas que utilizam bicicletas como meio de transporte, principalmente no trecho entre Cianorte e o distrito de Vidigal.
Fonte: BRASIL CULTURA

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