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sábado, 16 de março de 2019

Há 55 anos acontecia a Marcha de Selma a Montgomery

Há 55 anos, a Marcha Pelos Direitos Civis marcou um momento histórico na luta do povo negro americano, onde cerca de 600 pessoas marcharam de Selma, cidade do Alabama, até a capital Montgomery, para reivindicar direitos básicos e fundamentais.
O movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos teve início em 1955 para garantir a luta dos negros estadunidenses e abolir a segregação racial no país. A situação da população negra nos EUA retratava a inferiorização a qual o povo negro estava submetido em relação ao povo branco. As leis de Jim Crow institucionalizaram a separação entre negros e brancos, utilizando o lema ”Separados, mas iguais”. As leis proibiam por exemplo, casamentos inter-raciais e separação de escolas, parques e prisões.
Em 1° de dezembro de 1955, em Montgomery, Rosa Parks entrou para a história quando se recusou a se levantar para que um homem branco sentasse em seu lugar no ônibus e acabou sendo presa, julgada e condenada. O caso de Parks e o surgimento de outros movimentos impulsionaram a luta pelos direitos civis nos EUA. Um dos primeiros atos realizados foi o boicote ao transporte público de Montgomery, que ficou a beira da falência devido esta manifestação.  Além deste episódio, o movimento pelos direitos civis nos EUA ficou conhecido por outros momentos importantes como a Marcha de Washington, que reuniu cerca de 1 milhão de manifestantes e foi liderada por Martin Luther King. Os manifestantes marcharam até a capital do país para protestar em favor da igualdade de direitos. 
No dia 7 de março de 1965, manifestantes negros caminhavam pacificamente de Selma até Montgomery reivindicando o direito dos afro-americanos irem às urnas, direito esse que foi retirado por conta da segregação racial. A multidão acabou bloqueada perto da Ponte Edmund Pettus sobre o Rio Alabama e a polícia agrediu violentamente os participantes do protesto, no episódio que ficou conhecido como Domingo Sangrento.
Os estudantes realizaram marchas em Selma que quase sempre acabavam em violência policial e até prisões dos manifestantes, com a intensificação das manifestações jovens que integravam a Ku Klux Klan eram chamados para perseguir os ativistas.  
Os negros representavam metade da população de Selma, mas apenas 2% da população era registrado como eleitor, e essa característica se repetia em vários estados no Sul dos EUA.
No dia 9 de março intitulada de “Terça-feira da reviravolta” os manifestantes tentaram novamente atravessar a ponte, desta vez com a presença de Martin Luther King, onde manifestantes e polícia ficaram frente a frente mas para evitar um novo confronto, King convenceu os militantes a não seguir adiante naquele momento. A terceira tentativa ocorreu em 16 de março, os manifestantes em sua maioria negros, mas alguns asiáticos e latinos marcharam ao lado de King até serem cercados por dois mil soldados americanos, membros da Guarda Nacional e agentes do FBI; os manifestantes avançaram 16 quilômetros pela “Rodovia Jefferson Davis”. Finalmente, em 24 de março chegaram a Montgomery e a Câmara Legislativa  do Alabama em 25 de março.
No dia 7 de Agosto de 1965, o presidente Lyndon Johnson assinou a Lei que dava o direito ao voto, uma importante conquista que representou a vitória da Marcha de Selma. Essa manifestação revelou a força da convicção de centenas de afro-americanos pela luta por direitos humanos básicos.
Em 2015, Amelia Boynton Robison, uma importante ativista defensora dos direitos civis nos EUA e figura de grande importância durante a marcha em defesa do direito ao voto em Selma foi conduzida em sua cadeira de rodas pelo ex presidente Barack Obama durante uma celebração para lembrar ao momento histórico de 7 de março de 1965.
A história da Marcha pelos direitos civis foi contada no filme “Selma, uma história pela igualdade” lançado em 2014, que retrata a luta do ativista Martin Luther King e dos militantes pelos direitos civis da população negra nos EUA.
Fontes:

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