Idealizado pela 8ª Diretoria de Educação e Cultura (8ª Direc), dirigida pela educadora Francisca das Chagas Marileide, o Ciclo 99 Anos de Paulo Freire reunirá educadores, gestores e personalidades durante três dias de programação. “Paulo Freire sempre trabalhou com ressignificados. Nosso evento teria o calor humano, em nossa querida Angicos, mas, com a pandemia, remodelamos nossa programação para mantermos nossas atividades, celebrando nosso mestre da Educação brasileira”, frisou Marileide.
No primeiro dia do ciclo, em que será realizada a live “A Importância de Paulo Freire em Tempos Atuais”, contará com a presença da governadora Fátima Bezerra e dos nove Secretários de Educação da região Nordeste do Brasil. No segundo dia, a transmissão ao vivo terá como tema “A Pedagogia Freiriana e as Práticas Pedagógicas”, e será ministrada pelos educadores Carlos Brandão, Marcos Guerra, Walter Omar, Valquíria Félix, Inez Muniz e contará com a mediação de Liz Araújo, coordenadora da Educação de Jovens e Adultos da SEEC.
Fechando a programação, a terceira live tem como tema “Vida e Obra de Paulo Freire”. Contará com mediação da secretária adjunta de Educação do RN, Márcia Gurgel, e terá como palestrantes os educadores Roberto Padilha, Nathércia Lacerda e Fernando Haddad, ex-ministro da Educação.
“Paulo Freire prezava pela democracia, o diálogo, a liberdade de expressão, a amorosidade e a boniteza. Iremos celebrar sua memória e obra, tão necessárias nesse momento. Paulo Freire é uma ideia, não morre, ele renasce por meio de seus ensinamentos”, declarou Getúlio Marques, titular da Educação do RN.
As lives serão às 14h no dia 17 e às 15h nos dias 18 e 19 de setembro, com transmissão ao vivo no canal da SEEC no Youtube, disponível em https://www.youtube.com/SEECRNOficial.
AS 40 HORAS DE ANGICOS
Em Angicos, no ano de 1963, Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização, com duração de 40 horas, considerado inovador e que se mostrou eficaz. Baseando-se em experiências de vida das pessoas, Paulo Freire deixou de lado cartilhas que apresentavam “vovó viu a uva” e passou a trabalhar com o conceito de “palavras geradoras”, que tinha como foco a realidade de cada trabalhador que estava sendo alfabetizado. Em vez de “bambu”, os agricultores eram familiarizados com palavras que faziam parte da sua rotina, como “terra”, “feijão”, “enxada”, “planta”. Com o desenrolar da fonética das palavras geradoras, Paulo Freire foi expandido os conhecimentos de seus alunos.
“Angicos é um pedaço vivo da história freiriana. Não existe um lugar melhor para lançarmos as festividades. Temos a oportunidade de reascender um pensamento que mudou toda uma realidade e que hoje, mais do que nunca, se faz necessária”, pondera Márcia Gurgel, secretária adjunta da Educação do RN.
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