Há quatro anos, o
dia 11 de fevereiro foi estabelecido pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia
Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. O objetivo é celebrar os feitos
de mulheres na área e encorajar gerações mais novas a buscarem carreira científica.
O tema deste ano é “Investimento em Mulheres e Meninas na Ciência para
Crescimento Sustentável Inclusivo”.
A data foi escolhida durante um fórum sobre saúde feminina e desenvolvimento, organizado pela ONU em parceria com a Royal Academy of Science International Trust (RASIT), ONG que promove a educação de jovens para a ciência. Desde a fundação, em 1969, a RASIT apoiou a formação de ao menos 21,5 mil estudantes, dos quais 10,5 mil eram meninas. Entre 10 e 11 de fevereiro de 2015, representantes de diversas entidades se reuniram na sede da ONU em Nova York e criaram uma declaração que, entre outras definições, estabeleceu a missão do dia.
“Nos últimos 25 anos, a ONU tem chamado a atenção da comunidade internacional para a desigualdade de gênero que afeta a ciência, a ponto de se tornar uma prioridade de muitos países e instituições políticas internacionais”, disse a diretora executiva da RASIT, a geneticista e princesa iraquiana Nisreen El-Hashemite, em uma declaração oficial. “Ainda assim, o avanço das mulheres e meninas na ciência não só parou, mas está regredindo, com o aumento no abismo da diferença de gênero.”
A preocupação de El-Hashemite não é infundada. Segundo a Unesco, há somente 28% de pesquisadoras e cientistas mulheres no mundo. E, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, as mulheres ganham um emprego na área das ciências para cada 20 perdidos, enquanto os homens ganham um a cada quatro.
Ao longo do dia, diversas palestras e debates sobre como reverter este cenário ocorreram na sede da ONU. É possível acompanhar o que rolou aqui e aqui — e há programação prevista também para esta terça, 12.
Fonte: Marília Marasciulo
Com Potiguar Notícias
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