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terça-feira, 19 de março de 2019

TECNOLOGIA - Como você é espionado por seu celular Android sem saber

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O celular espiona


Juan Tapiador (esquerda) e Narseo Vallina-Rodríguez, chefes da pesquisa sobre o software pré-instalado nos celulares Android. 

Um estudo envolvendo mais de 1.700 aparelhos de 214 fabricantes revela os sofisticados modos de rastreamento do software pré-instalado neste ecossistema.

Um usuário compra um celular Android novo. Tanto faz a marca. Abre a caixa, aperta o botão de ligar, o celular se conecta à Internet e, sem fazer nada mais, ele acaba de iniciar a mais sofisticada máquina de vigilância da sua rotina.
Não importa se você vai baixar o Facebook, ativar sua conta do Google ou dar todas as permissões de acesso a qualquer aplicativo esquisito de lanterna ou antivírus. Antes de executar qualquer ação, seu celular novo já começou a compartilhar detalhes da sua vida. O software pré-instalado de fábrica é o recurso mais perfeito desse celular para saber sua atividade futura: onde está, o que ele baixa, quais mensagens manda, que arquivos de música guarda.
“Os aplicativos pré-instalados são a manifestação de outro fenômeno: acordos entre atores (fabricantes, comerciantes de dados, operadoras, anunciantes) para, em princípio, agregar valor, mas também para fins comerciais. O elemento mais grave nisso é a escala: falamos de centenas de milhões ou de bilhões de telefones Android”, diz Juan Tapiador, professor da Universidade Carlos III e um dos autores, junto com Narseo Vallina-Rodríguez, do IMDEA Networks e do ICSI (Universidade de Berkeley), da investigação que revela esse submundo. Os celulares Android representam mais de 80% do mercado global.
O elemento mais grave nisso é a escala: falamos de centenas de milhões ou de bilhões de telefones Android
Juan Tapiador, professor
O novo estudo comandado pelos dois acadêmicos espanhóis revela a profundidade do abismo. Nenhuma das conclusões é radicalmente nova por si só: já se sabia que os celulares andam no limite das autorizações de uso na hora de colher e compartilhar dados. A novidade da função dos aplicativos pré-instalados está em sua extensão, falta de transparência e posição privilegiada dentro do celular: foram analisados 1.742 celulares de 214 fabricantes em 130 países.
“Até agora as pesquisas sobre os riscos de privacidade em celulares se centravam em aplicativos que estão listados no Google Play ou em amostras de malware”, diz Vallina. Desta vez, foram analisados os softwares que os celulares trazem de série, e a situação parece fora de controle. Devido à complexidade do ecossistema, as garantias de privacidade da plataforma Android podem estar em xeque.
O artigo, que será publicado oficialmente em 1º de abril e ao qual o EL PAÍS teve acesso, já foi aceito por uma das principais conferências de segurança cibernética e privacidade do mundo, o IEEE Symposium on Security & Privacy, da Califórnia.
Nossa informação pessoal é enviada a uma ampla rede de destinos, que muda segundo o celular, e alguns são polêmicos: para servidores do fabricante do celular, para empresas habitualmente acusadas de espionar nossas vidas —Facebook, Google— e para um obscuro mundo que vai de corporações a start-ups que reúnem a informação pessoal de cada um, empacotam-na com um identificador vinculado ao nosso nome e a vendem a quem pagar bem.
Fonte: El País/Brasil

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